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sexta-feira, 20 de abril de 2012

José Riva (PSD):Éder Moraes: Sérgio Ricardo (PR):TCE – Tribunal de Contas do Estado:Humberto Bosaipo:conselheiro Alencar Soares:O caso Éder escancara o que existe por detrás da nomeação de um conselheiro do TCE e Riva, mais uma vez, mostra que manda.



A demissão de Éder Moraes da SECOPA trouxe a tona um caso, que precisa ser investigado pelo Ministério Público. Trata-se da nomeação de conselheiros do TCE – Tribunal de Contas do Estado. Conversas a respeito de ações “nada republicanas”, quando da nomeação de conselheiros, a sociedade está cansada de ouvir, mas até hoje nada foi comprovado, porque as tais nomeações nunca foram investigadas.

O episódio envolvendo a possível “negociata” da vaga do “conselheiro Alencar Soares”, divulgada pelo Circuito de Mato Grosso, escancarou o que todos conhecem através de comentários. O jornal, baseado em denúncias anônimas, publicou que Alencar Soares estaria exigindo R$ 12 milhões de Reais pela sua vaga. Deputados e conselheiros acusam Éder Moraes de ter passado a informação, de forma anônima, para o jornal. Éder disputa a vaga com o deputado Sérgio Ricardo (PR), o ungido do ainda “dono da Assembléia Legislativa”, deputado José Riva (PSD).

O fato ocasionou a queda de Éder Moraes. Ele foi demitido pelo governador do cargo de secretário da SECOPA, provocando muita celeuma nos bastidores do Poder. Conselheiros do TCE e deputados foram até o governador e reclamaram. Coincidentemente, o governador Silval Barbosa (PMDB), “tomou coragem” e demitiu Éder Moraes.

Ao pleitear o cargo de conselheiro do TCE, Éder Moraes entrou em rota de colisão com o Deputado José Riva (PSD), que até então o apoiava na SECOPA. Todos sabem o poder de influência de Riva junto ao TCE. Riva (PSD), com o seu “poder de fogo” junto a deputados influenciou na indicação dos últimos conselheiros nomeados. Dizem que de forma “pouco republicana”.

Juntando as peças do quebra-cabeça, deduze-se que Riva (PSD), nos últimos anos, pode ter influenciado na nomeação de Waldir Teis, Humberto Bosaipo e Campos Neto. O primeiro sempre foi homem de confiança de Blairo Maggi (PR) e, sua gestão a frente da SEFAZ era desastrosa. Blairo (PR) precisava arrumar a vida do amigo Valdir Teís. O TCE, na oportunidade, apareceu como excelente saída. Para concretizar a nomeação de Valdir, o “Rei da Soja” precisava das benções de Riva (PSD), pois o cargo também era cobiçado por protegidos do “dono da Assembléia”. Depois de muita negociação Valdir Teís acabou sendo nomeado, inclusive com a concordância de Riva (PSD). Ninguém sabe o que aconteceu nos bastidores. Riva “calou os seus protegidos” e Valdir Teis acabou conselheiro.

Depois veio o caso de Humberto Bosaipo, atualmente afastado do cargo. “Humberto Bosaipo é réu, juntamente com Riva (PSD), em vários processos que “correm” na justiça. Humberto ameaçava confrontar o poder de Riva (PSD) na Assembléia e, passou a usar o possível confronto como moeda de troca. Riva (PSD) pressentindo o perigo Bosaipo, resolveu mexer as peças do tabuleiro e, o “velho companheiro de Riva” acabou ganhando o que desejava. Bosaipo foi premiado com uma vaga de conselheiro. Bosaipo não contava com uma. A tão cobiçada cadeira de conselheiro do TCE não foi suficiente para segurar “gorda capivara de Bosaipo”. Ele está afastado do cargo pela justiça.

Ainda teve o caso do Conselheiro Campos Neto. O falastrão Ari Campos, pai do atual conselheiro, desejava se aposentar. Sabedores da intenção de Ari, novamente protegidos de Riva (PSD) cobiçaram a vaga. O velho Ari fincou o pé e começou a freqüentar gabinetes da Assembléia. Pelos corredores do “palácio de Riva”, o velho Ari portando uma “surrada mala preta” esbravejava. Dizia que só deixaria a cadeira do TCE se o indicado fosse o filho. A “estratégia” utilizada por Ari poucos sabem, mas deu certo. Campos Neto, um moço despreparado, acabou urgido conselheiro, com as bênçãos do deputado Riva (PSD).

Agora surge o caso Alencar Soares, o sonho do ainda conselheiro é ser prefeito de Barra do Garças ou, em último caso, lançar o filho como candidato. Como ambos estão em baixa junto à população do município e, dificilmente arrumarão apoiadores financeiros para a campanha, pode a cadeira do Tribunal ter surgido como tábua de salvação para a viabilização do projeto político dos Soares. Talvez, com base neste fato, tenha surgido a denúncia dos R$ 12 milhões.

Diante da situação, a nomeação de Sérgio Ricardo (PR) como eventual substituto de Alencar Soares “embaçou” de vez. Caso Alencar se aposente, conforme se cogita, e o Deputado Sérgio Ricardo venha a ser o escolhido, a nomeação do mesmo acontecerá envolvida em suspeitas. Pode manchar de uma vez por todas a imagem do TCE de Mato Grosso junto à população, que não é nada boa.

A população vê o TCE como um órgão inoperante e que “nada” justifica a sua existência. Os Tribunais de Contas dos Estados e, até mesmo o da União, na concepção da sociedade, sugam o erário público; distribuem mordomias entre conselheiros e apaniguados. Os Tribunais de Contas existem como cabides. Penduram um montão de gente. A maioria dos pendurados no cabide pouco faz e recebe muito. Ser conselheiro do TCE é objeto de desejo de muitos políticos.

Imagem: RD News.

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