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quinta-feira, 22 de março de 2012

Aude defende Francisco Faiad e nega irregularidade em licitações

Redação - Renê Dióz
O vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Mato Grosso, Maurício Aude, negou a existência de qualquer irregularidade nos contratos e nas licitações realizadas pela Fundação Uniselva para contratação de serviços do escritório do advogado e ex-presidente da Ordem no Estado, Francisco Faiad.

As contratações desde 2008 são investigadas pelo Ministério Público Federal (MPF), que recebeu denúncias de favorecimento ao escritório de Faiad e de pagamento indevido dos serviços com verba oriunda de convênio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para ações em prol da saúde indígena.

A declaração de Aude também engrossa o coro segundo o qual as investigações foram motivadas pelo grupo de oposição política à atual diretoria da seccional mato-grossense da OAB, cuja eleição será realizada este ano.

Aude explicou ao Olhar Direto que, embora tenha ficado sabendo das investigações via imprensa, não constatou até o momento uma só irregularidade que fale contra Faiad ou contra as concorrências públicas das quais o escritório dele participou.

O vice-presidente alegou que são muito poucos os escritórios de advocacia que costumam concorrer nesses certames. A afirmação afasta a insinuação de que os escritórios que concorreram com Faiad, todos aliás de propriedade de pessoas próximas ao ex-presidente da OAB, estariam participando para dar fachada aos certames da Uniselva, que presta financiamento aos projetos de pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

“Tenho plena certeza de que não houve irregularidade alguma”, enfatizou o vice-presidente.

Sobre a utilização de verba de convênio da Funasa – assinado em 2004 pelo então reitor da UFMT, Paulo Speller – Aude afirma que, se o convênio é daquele ano, logo, não teve qualquer relação com as licitações para contratação de assessoria jurídica.

No escopo disso tudo, argumentou o advogado, está uma manobra política em via de ser perpetrada pelo grupo oposicionista da OAB, “como já ocorreu no passado, com denúncias por parte de membros da oposição, porque as licitações passaram por auditoria e nem se fala em superfaturamento”.

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