Foto: VG Notícias |
Os terrenos baldios, tomados de matos, facilitam esconderijos de bandidos e também é propenso à proliferação do mosquito da dengue, Aedes Aegypti. |
Em Várzea Grande existem 68 mil terrenos sem edificação (baldios), destes 34 mil são tomados por mato, lixo e focos do mosquito da dengue. Ainda, a maioria desses terrenos é mantida para especulação imobiliária – ou seja, com intuito de esperar a região onde o terreno está instalado valorizar financeiramente para então edificá-lo ou colocá-lo a venda.
No entanto, os proprietários destes terrenos não são capazes de se quer fazer a limpeza, murá-los ou construir uma calçada ao seu redor. Pior ainda, é que a maioria não paga o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Os terrenos baldios, tomados de matos, facilitam esconderijos de bandidos e também é propenso à proliferação do mosquito da dengue, Aedes Aegypti. Mesmo diante desse cenário, a Prefeitura municipal não toma atitude e não busca solução para o caso.
Há tempos, o VG Notícias vem cobrando dos gestores municipais uma medida punitiva a fim de obrigar os proprietários dos imóveis manterem os terrenos limpos, e murados. No entanto, parece que o município não entendeu ainda a dimensão do problema e vive na inércia.
Desde 2010 que a prefeitura promete multar os proprietários de terrenos baldios, mas não passa de promessa. Nada é feito, e os especuladores continuam com seus terrenos cheios de mato, poças de águas, lixos e infestados de Aedes Aegypti.
Um dos exemplos é a situação do terreno baldio localizado entre as ruas Sergipe e Rio Grande do Sul, no bairro Nova Várzea Grande, área central da cidade. Conforme consta do cadastro da prefeitura, o proprietário, Zeide Sacres – em memória, sogro do senador Jaime Campos (DEM), possui 11 lotes no local. Porém, a área está abandonada e não é realizada limpeza há anos.
Quem passa pela rua Sergipe, logo na esquina se depara com grande quantidade de lixo e mato alto, um verdadeiro “lixão” ao céu aberto. A reportagem do VG Notícias fez um levantamento no setor de IPTU da Prefeitura de Várzea Grande e constatou que o dono do terreno baldio tem uma dívida ativa com o município de mais de R$ 18 mil.
O então proprietário deve aos cofres do executivo municipal os valores atrasados dos anos de 2003, 2007, 2010 e 2011. Ainda, se o dono do terreno fosse quitar a dívida neste ano de todos os lotes, pagaria o montante de R$ 5 mil como levantou a reportagem.
Outro lado: A redação do VG Notícias tentou por inúmeras vezes contato com o secretário de Infraestrutura, Luiz Sampaio, porém em vão. Desde ontem (28.02) o secretário está em reunião e não retorna para a reportagem.
por Cristiane Sagioratto & Rojane Marta/VG Notícias
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