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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

60.000 ao dia:site mais acessado:Cuiabá:Várzea Grande:Preço perto da vantagem

Desde início do mês o litro do combustível vem sendo reduzido na bomba. Abaixo de R$ 2,05, o hidratado oferece economia ao consumidor

GERALDO TAVARES/DC
Com litro a R$ 2,04, o etanol hidratado volta a ser vantajoso
MARIANNA PERES
Da Editoria

Depois de fechar o ano de 2011 com o terceiro maior valor de bomba em Cuiabá e Várzea Grande desde 2006 (R$ 2,29), o litro do etanol hidratado que estava estabilizado neste patamar há alguns meses já pode ser encontrado nas duas cidades por até R$ 2,04. Apesar da queda ao consumidor, o etanol só se torna vantagem se for encontrado de R$ 2,05 para baixo. Até R$ 2,10 fica no limite de 70% sobre o valor da gasolina (R$ 2,97 a R$ 2,99) e acima disso, como tem sido a média atual (R$ 2,17 a R$ 2,19), o derivado de petróleo, por render mais quilômetros com um único litro, permanece mais competitivo.

No último sábado, postos reduziram o preço para até R$ 1,99 e R$ 2,01, mas ontem haviam reajustado para R$ 2,09. O motorista que aproveitou teve uma economia de mais de 13% em relação ao preço antigo, R$ 2,29, ou R$ 0,30 por litro adquirido. Mesmo com a recomposição das margens do final de semana, os valores atuais são os menores vistos desde o último trimestre de 2011 e a tendência, a partir de agora, é de que sejam reduzidos e logo retomem a vantagem sobre a gasolina.

Em sondagem realizada no final da manhã de ontem pelo Diário, o litro mais barato, R$ 2,04 e R$ 2,05 foi encontrado em Várzea Grande, na região do zero quilômetro. Em Cuiabá, o menor valor foi R$ 2,09 e foi encontrado na Avenida do CPA e na Presidente Marques.

Considerando os valores até o final de janeiro com os observados ontem, média de R$ 2,19, há redução de 4,36%. Com o litro um pouco mais barato, R$ 2,09, por exemplo, a queda é de 8,73%.

Frentistas de um posto na rua Presidente Marques, que no sábado comercializaram o litro a R$ 1,99, disseram que com este valor a procura foi grande e um dos tangues de hidratado amanheceu vazio. “Tinha cliente que entrava para abastecer e nem se dava conta do novo valor. Por outro lado teve gente que veio aqui sabendo do valor”.

Como explica o diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), Nelson Soares Junior, em fevereiro teve início a trajetória de queda do combustível, já refletindo pressões da safra estadual de cana-de-açúcar. “A tendência é de mais redução até o início da colheita da cana, prevista para meados de março, segundo previsão dos próprios usineiros. A redução na usina automaticamente chega às distribuidoras e aos postos de revenda de combustíveis. Desde meados de fevereiro, as distribuidoras começaram a repassar as reduções e elas estão chegando, como tem de ser, ao consumidor”. Como completa, as usinas precisam liberar espaço para armazenamento da nova produção e por isto reduzem os preços para desovar o estoque antigo.

“No mercado da grande Cuiabá, já é possível encontrar em alguns postos o combustível derivado da cana mais vantajoso comparando com o preço da gasolina. Para ser mais econômico, o preço do etanol não pode ultrapassar 70% do preço da gasolina”

COMPORTAMENTO - O litro do etanol hidratado no varejo de Cuiabá e Várzea Grande fechou 2011 com alta 20,10% sobre os preços que vigoravam em dezembro de 2010. Em meados de dezembro de 2010, o combustível custava, em média, R$ 1,89. No início deste de dezembro do ano passado o litro passou de R$ 2,09 para R$ 2,27/R$ 2,29. No segundo semestre do ano passado já havia rompido a casa dos R$ 2, limite que não era ultrapassado desde 2008. Com o etanol a R$ 2,29 se atingiu o terceiro mais caro desde 2006, quando esteve cotado entre R$ 2,37 até R$ 2,45.

A alta a contragosto do consumidor teve reflexos diretos no volume de etanol comercializado ao longo do ano passado. Conforme balanço do Sindipetróleo, o consumo de combustíveis, em Mato Grosso, atingiu 3,2 bilhões de litros em 2011, alta de 6,2% sobre a comercialização de 3 bilhões de litros, entre etanol hidratado, gasolina comum, gasolina de aviação, Gás Liquefeito de Petróleo, óleo combustível, óleo diesel e querosenes de aviação e iluminante.

Dos combustíveis revendidos pelos postos mato-grossenses, o maior aumento se deu nas vendas de gasolina comum, dado que mostra a migração do consumidor. Foram comercializados no ano passado 488,4 milhões de litros, enquanto que, em 2010, o volume foi de 393,8 milhões de litros. No acumulado de 2011, o aumento foi de 24,4%. No etanol o movimento foi de queda. Em 2010, as distribuidoras venderam 416,3 milhões de litros, ao passo que, em 2011, registrou-se apenas 336,6 milhões de litros. Neste caso, a queda foi de 19,2%. 
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=407380

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