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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Várzea Grande:Um reinado sobre suspeição

Fernanda Leite
Não é porque ele acumula títulos de riqueza:”rei da soja” e agora o mais novo: “rei da borracha”, que não se livrou ter seu nome envolvido em diversos escândalos de corrupção, até mesmo com repercussão nacional. O ex-governador e senador Blairo Maggi (PR), teve seu governo ligado a supostos esquemas em que poderia ter se beneficiado de milhões e milhões dos cofres públicos. O Turma do Epa relembra alguns casos que tramitam sem esclarecimentos mais profundos. Ainda “capengam” para serem desvendados pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal, Tribunal de Contas do Estado-TCE e também na justiça comum, com o deslocamento de foro para o Supremo Tribunal Federal, em virtude do cargo.
MT 100% Equipado
A “Turma da Botina” como ficou conhecida, formada por uma equipe onde alguns foram guindados secretariado de confiança de Blairo, fez com que a primeira mancha surgisse após a aquisição ruidosa de uma compra de equipamentos e maquinários, no valor de R$ 44 milhões, para o programa “MT 100% Equipado”, no ano de 2009. Até ai tudo bem, se não fossem os ex-secretários de estado Vilceu Marchetti (Infraestrutura), Geraldo de Vitto (administração) e Eder Moraes (ex-Fazenda e atual secretário da Secopa), montarem um esquema para, ao que tudo indica, abocanharem parcela expressiva do dinheiro. O detalhe mais intrigante é Eder Moraes que tem seu nome ligado à maioria dos escândalos e continua na ativa no  governo Silval Barbosa (PMDB), gerenciando bilhões do  dinheiro a serem investidos na Copa.
A multiplicação de bens
Outro detalhe que chama a atenção foi a multiplicação dos bens de Vilceu Marchetti. O MPE aponta que ele conseguiu aumentar seu patrimônio de cerca de R$ 170 mil (entre bens patrimoniais e pouco mais de R$ 370 em sua conta corrente) para R$ 26,3 milhões. Tudo isso depois de sua passagem pela Sinfra.
O "mensalão do PR
Depois, Maggi se viu envolto, por vias travessas, em novos escândalos. No âmbito nacional, Maggi viu seu “pupilo” e amigo de longa data, o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – Dnit - Luiz Antonio Pagot, desmoralizando o nome do senador no país inteiro depois de um suposto esquema de pagamento de propina para caciques do PR, em troca de contratos de obras com aquela autarquia, num episódio batizado de “mensalão do PR”.
Assistência médica sob suspeita
A mancha na imagem de Maggi não parou por ai. o desgaste veio também depois que o MPF o acusou e ao desembargador do Tribunal de Justiça (TJ-MT) e ex-secretário de Saúde, Marcos Henrique Machado de improbidade administrativa na contratação da empresa Home Care Medical Ltda, no primeiro mandato de governador (2003-2006). De acordo com o MPF, teria ocorrido superfaturamento na contratação de serviços para a Secretaria Estadual de Saúde. No ano passado, os dois tiveram a quebra do sigilo fiscal e o bloqueio de bens, em até R$ 9,8 milhões, decretados pela Justiça Federal do Estado.
Uma investigação sobre o "público" e "privado"
Outra situação que colocou o nome de Blairo em uma “saía justa” foi o suposto favorecimento em pavimentação e drenagem na duplicação da avenida e do Trevo Dr. Hélio H. Torquato da Silva, da Avenida Loteamento, pista direita e esquerda, e travessas, além da duplicação da Avenida Hélio Ribeiro, trechos 1 e 2. De acordo com o MPE, Maggi teria se beneficiado com a pavimentação de uma rua aos fundos da futura sede do Grupo André Maggi. O caso ainda está se arrastando no MPE.
Uma farra de 480 milhões
Por fim, um assunto ainda pode assombrar o ex-governador: os milionários pagamentos de precatórios, beneficiando empreiteiras, que chegou à cifra R$ 480 milhões amparado em frágeis pareceres da Secretaria de Fazenda e Procuradoria Geral do Estado.

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