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domingo, 1 de janeiro de 2012

2011 é marcado por escândalos e por suplentes na Câmara de VG

Gabriela Galvão

Câmara de Várzea Grande     O ano de 2011 foi histórico para a Câmara de Várzea Grande. Em 2 de março os vereadores foram aclamados pela população ao realizarem uma sessão memorável quando afastaram, por unanimidade, o prefeito Murilo Domingos e seu vice Tião da Zaeli (PSD) dos cargos por 180 dias. Depois disso, entretanto, o Legislativo viveu um verdadeiro vai e vem de parlamentares, foi alvo de várias notificações judiciais, teve dois presidentes, foi composta por 50% de suplentes, dobrou a verba indenizatória e aumentou o número de vagas para as próximas eleições.
      Logo após o afastamento de prefeito e vice, começou a briga de suplentes pela vaga de João Madureira (PSC), que deixou a presidência da Câmara para assumir interinamente a prefeitura. João Bosco (PSC) foi empossado na cadeira como suplente do partido, mas sete dias depois, Matheus Magalhães (PSL) assumiu a vaga, por meio de liminar, como suplente da coligação. Então, cerca de 15 dias depois, Bosco conseguiu reassumir a vaga de Madureira, também por meio de liminar.
       Em junho, entretanto, foi a vez do “troca-troca” ficar a cargo da presidência. Isso porque, João Madureira (PSC) renunciou ao comando do Legislativo em caráter irrevogável. Com a renúncia, o vice-presidente da Câmara, Maninho de Barros (DEM), assumiu o cargo novamente, assim como quando Madureira assumiu a chefia da segunda maior cidade do Estado por alguns dias.
       Em 2011, o Legislativo também chegou a ser composto por 50% de suplentes. Dos 13 parlamentares eleitos nas urnas em 2008, apenas sete eram titulares em junho. Além disso, durante o recesso parlamentar do meio de ano, os vereadores aumentaram em 50% o valor da verba indenizatória, que passou de R$ 6 mil para R$ 9 mil. Em setembro, os legisladores várzea-grandenses também aprovaram o aumento no número de cadeiras do parlamento de 13 para 21.
      As mudanças na Câmara, contudo, não ficaram a cargo apenas dos aumentos aprovados pelos vereadores. A maior bancada do Legislativo até então pertencente ao DEM, do senador Jayme Campos, passou a ser do recém-criado PSD. Seis parlamentares democratas migraram para o partido idealizado pelo presidente da Assembleia, José Riva, em Mato Grosso, sendo quatro titulares e dois suplentes.
       A debandada foi seguida pelo presidente da Câmara, Maninho de Barros, pela vereadora Izabela Guimarães, Denivaldo Pereira, o Baiano Pereira, e Chico Curvo, além dos suplentes Edil Moreira e Eucaris Terezinha. Dois republicanos, também optaram pela nova legenda, Wanderley Cerqueira e Antônio Cardoso. Outro vereador que migrou para o PSD foi Marcos Boró, até então pertencente ao PP.
       Em 2011, parece que os vereadores cansaram dos desmandos no administrativo municipal e resolveram fazer de tudo para manter Murilo Domingos bem longe do cargo de prefeito. Afinal, mesmo com o republicano afastado do cargo pela Justiça, extinguiram seu mandato por duas vezes. A extinção foi baseada em denúncia protocolada no Legislativo pelo ex-procurador do município, Antônio Carlos Kersting Roque, de que Murilo não se desincompatibilizou da empresa Irmãos Domingos S.A para assumir o comando do Executivo.
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