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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Fabris desafia governo a cobrar R$ 271 mi e critica auditor "trapalhão"

Gabriela Galvão e Andréa Haddad


O advogado Paulo Humberto Budóia, ao lado dos deputados Gilmar Fabris e José Riva, presidente da Assembleia
Foto: Widson Maradona
     Numa forte reação às suspeitas de envolvimento no escândalo do pagamento de cartas de crédito, com valores questionados pela Delegacia Fazendária e Auditoria Geral do Estado (AGU), o deputado Gilmar Fabris (PSD) desafia o governo do Estado a pedir a devolução dos R$ 271 milhões já compensados e pagar o montante que considera correto, de R$ 2,5 bilhões. "Ninguém pagou nada de lá para cá, com os juros e correção monetária, é só pegar o cálculo e atualizar, qualquer criança faz isso, hoje dá R$ 2,5 bilhões", disparou.
     Alvo de mandados de busca e apreensão na operação Cartas Marcadas, deflagrada pela Polícia Federal, o social-democrata disse não ver motivos para o “estardalhaço”, já que o montante pago até agora é inferior até mesmo aos R$ 382 milhões cáculos pela AGU a serem quitados pelo Estado.
     “Então por que a necessidade de mandar prender um monte de gente, fazer operação, em vez mandar de anular e pedir a devolução? Desafio o governo a solicitar a devolução de todas as cartas e mandar registrar e pagar o preço correto, que daria R$ 2,5 bilhões”, declarou Fabris, em coletiva nesta terça (21), na sala de reuniões da presidência da Assembleia.
     Após contestar o valor calculado e as medidas adotadas pelo Estado, Fabris partiu para o ataques e desferiu duras críticas ao auditor-geral do Estado, José Alves. “Até agora as cartas compensadas não chegaram até os cálculo do trapalhão da auditoria. O governo não pagou nem o valor estipulado pela própria auditoria, por que fazer tudo isso então?”, reagiu.
     O parlamentar também classificou de “ridículo” o cálculo da AGE. Em relação às investigações, Fabris disse que o processo não deveria ter o sigilo decretado e assegura ter colocado à disposição da imprensa todos os dados envolvendo as cartas de crédito, bem como o conteúdo das interceptações telefônicas determinadas pela Justiça a pedido da Delegacia Fazendária.
     Ele aproveitou para reclamar dos procedimentos adotados pelos agentes fazendários. “As escutas telefônicas foram autorizadas entre 27 de agosto de 4 de novembro pela Justiça, mas até agora estou tendo as ligações interceptadas. Mas tudo bem, não sou bandido, nem ladrão, meu telefone é dos cuiabanos, mato-grossenses e do Brasil todo, não vou trocar de chipe”, ironizou, ao final.
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