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terça-feira, 17 de abril de 2012

Eder Moraes fala em perseguição política e deve deixar o Governo

Valdemir Roberto
Redação 24 Horas News





O secretário Especial para Assuntos da Copa do Mundo, Eder Moraes, deve deixar o cargo nas próximas horas. Ele admitiu nesta terça-feira, 17, que não tem “mais clima” para continuar no Governo. E fez uma denuncia pesada: revelou a existência de “tubarões” que “mamam nas tetas” do Governo. Segundo ele, interesses políticos e econômicos estariam sendo contrariados. Moraes admitiu estar sofrendo com um esquema de perseguição. Contudo, evitou declinar nomes.

Moraes disse que existe uma campanha velada pela sua saída, durante entrevista no programa Jornal do Meio Dia, da TV Record. Enigmático, Moraes acrescentou: “A situação é muito complicada e ficou praticamente insustentável”. O secretário da Copa alega que vem sendo sabotado por grupos obscuros da política mato-grossense e de gente do próprio Governo.

Éder disse que já comunicou o governador Silval Barbosa sobre a situação e que colocou na mão do chefe do Executivo a decisão final. Ele se reuniu na manhã com Silval Barbosa e praticamente entregou o cargo. Inclusive, declinou do convite de acompanha-lo até Brasília.

“Não vou incorrer risco de processos. Mas se necessário for, vou revelar no momento certo” – disse o secretário. Segundo ele, há, de fato, pressão para “mudar as coisas”. Ele disse, no entanto, que não aceita e que a decisão de tirá-lo do cargo será do governador.

Esta não é a primeira vez que Eder Moraes enfrenta problemas de relacionamento no Governo. Executivo da extinta Agecopa, eler entrou em rota de colisão com vários membros da equipe. Acabou ganhando a queda de braço contra Carlos Brito, que terminou pedindo demissão do cargo. Em seguida, a Agecopa foi transformada em Secretaria Especial

Eder foi um dos principais nomes tanto do governo Blairo Maggi (PR). Começou como assessor da Casa Civil. Depois, foi para a MT Fomento e de lá para o cargo de secretário de Fazenda. Já na gestão de Silval Barbosa, foi secretário-chefe da Casa Civil, de onde saiu para ocupar o cargo de principal executivo da Agecopa, posteriormente extinta.

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