Pages

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Bezerra é o político de MT que mais falta sessões na Câmara; Jayme no Senado

O deputado federal Carlos Bezerra, do PMDB, é o político de Mato Grosso no Congresso Nacional que mais falta sessões plenárias. Em 2011, Bezerra esteve ausente de 25 sessões, dos quais, seis sem justificativas em 107 sessões deliberativas realizadas no ano. No Senado, o “campeão” das faltas da bancada de Mato Grosso é Jayme Campos, do Democratas, atual presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O democrata faltou a 24 sessões, de um total de 103; apenas uma não justificada.

Dois ex-governadores do Estado, Bezerra e Jayme Campos, no entanto, estão muito longe de serem faltosos contumazes, se comparado com outros parlamentares. De acordo com o levantamento da revista “Congresso em Foco”, 23 deputados e quatro senadores deixaram de comparecer, em 2011, a mais de um terço dos dias reservados a votações. Nenhum deles de Mato Grosso. Quase todas elas foram justificadas e abonadas.

Para o trabalhador comum, tantas ausências implicariam desconto líquido e certo no salário, quando não a demissão por justa causa. Mas este não é o caso dos parlamentares. O congressista só perde o mandato se deixar de comparecer a um terço das sessões deliberativas sem justificativa, segundo observa a revista. Das 1.240 faltas acumuladas por esse grupo de congressistas, 1.135 foram justificadas e, por consequência, perdoadas pela Câmara e pelo Senado.

Das 24 sessões em que Jayme faltou, 23 se devem a licença. Dessas, o democrata esteve ausente em 22 por missão política e uma para tratamento médico. Blairo Maggi, do PR, faltou a 17 sessões deliberativas do Senado, de um total de 119. Sete dessas ausências não foram por licença – duas por missões políticas e cinco para tratar de questões particulares. Outro senador de Mato Grosso, Pedro Taques, do PDT, em 123 sessões, faltou a quatro sessões – uma sem justificativa. As outras três foi por licença – todas em missão política.

O deputado federal Wellington Fagundes, do PR, que conserva maior período como parlamentar federal representando Mato Grosso, é o segundo político que mais faltou sessão na Câmara no ano passado. Das 107 realizadas, não esteve presente em 25 – uma a menos que Bezerra. Esse número representa 22,4% das sessões, ou seja, quase ¼ das sessões. Sete faltas não foram justificadas.

Outro político com boa quantidade de faltas a sessões foi Roberto Donner, do PSD. Ele ocupou a maior parte do mandato de Pedro Henry, do PP, que se licenciou do cargo para ser secretário Estadual de Saúde. Dorner deveria ter participado de 93 sessões, mas faltou a 16 delas, ou seja, 17% do total. Detalhe: todas as faltas dele foram justificadas – o que recebeu o abono da Mesa Diretora da Câmara e, consequentemente, não teve desconto em seu salário. Dono da vaga, Henry deveria estar em 14 sessões, mas faltou a duas – ambas sem justificativa. Juntos, os dois parlamentares – agora rompidos – faltaram 18 sessões.

Júlio Campos, do DEM, faltou a 13 sessões – 3 sem justificativa. Júlio é irmão de Jayme Campos e também ex-governador do Estado, que teve no Senado um total de 24 faltas. Juntos, 37 sessões.

No quesito familiar, os Campos estão muito distantes da família Lobão. A deputada Nice Lobão, do PSD do Maranhão, e o seu filho, senador Lobão Filho, do PMDB, lideram o “ranking” dos mais faltosos. Nice é esposa do senador licenciado Edison Lobão, do PMDB-MA, atual ministro das Minas e Energia. Nice compareceu a apenas 19 dos 107 dias com sessões deliberativas do ano passado. Até o dia 20 de março, ela acumulava 101 faltas na atual legislatura. Mesmo assim, recebeu R$ 470 mil apenas em salários desde o início de 2011.

“Apesar de tantas faltas, ela se recusa a se licenciar do mandato. Lobão Filho, que sofreu grave acidente automobilístico em maio, esteve ausente em 59 das 126 sessões do ano passado” – informa o Congresso em Foco.

Depois, no ranking de Mato Grosso, vem Homero Pereira, do PSD, com 10 faltas, todas devidamente abonadas pela justificativa do parlamentar. Valternir Pereira esteve ausente de 9 sessões, das 102 realizadas. Tem, em verdade, o maior índice de assiduidade, proporcionalmente, de toda a bancada de Mato Grosso.

Eliene Lima, do PSD, que ficou boa parte de 2011 no cargo de secretário do Governo Silval Barbosa, deveria estar presente em 21 sessões, mas se ausentou de seis. As faltas do político se deve ao período em que esteve hospitalizado. Lima foi vítima uma tentativa de assalto, em que acabou baleado no joelho, no começo da noite do dia 3 de novembro.
Nesse dia, no entanto, ele deveria estar em Brasília.

O suplente Neri Gueller, do PP, que ficou maior parte do tempo no mandato que a população delegou a Eliene Lima, faltou a sete sessões, de um total de 86. Saguas Moraes, do PT, que perdeu a vaga para Nilson Leitão, do PSDB, por decisão da Justiça Eleitoral, faltou a uma sessão das 55 realizadas durante o período . Leitão, por sua vez, já faltou a 11,5% das sessões que deveria estar presente, segundo o levantamento. O cabo Juliano Rabelo, do PSB, suplente de Valtenir Pereira, não faltou a nenhuma das cinco sessões realizadas no período em que assumiu a vaga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário