Três "prefeitos" executam obras de infraestrutura e projetos em Cuiabá

Andréa Haddad

     Pelo menos em relação a projetos de Infraestrutura, Cuiabá conta com 3 "prefeitos" em função dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014. Alçado ao comando do Executivo com a renúncia de Wilson Santos em 2010, Chico Galindo (PTB) é o gestor de fato e de direto, enquanto o governador Silval Barbosa (PMDB) trabalha mediante ações realizadas em parceria com as secretarias de Estado e do município, como as pastas de Transporte e Pavimentação Urbana, Educação, Cultura e Turismo, com volume maior de investimentos na Baixada Cuiabana. O terceiro “prefeito” é o secretário extraordinário da Copa, Eder Moraes, responsável pela preparação e execução das obras exigidas pela Fifa para que a Capital receba partidas do Mundial de 2014.

     Esta sincronia faz com que na prática Cuiabá tenha, simultaneamente e sem conflito de atribuições, três gestores. Apesar do Governo do Estado e da Secopa terem o mesmo carimbo das fontes de investimentos, os dois acabam trabalhando em projetos “a parte”. Silval precisa se preocupar em atender às demandas nas áreas de Educação, Saúde, Turismo e Cultura, por exemplo, enquanto a pasta sob a batuta de Eder cuida especialmente das demandas referentes aos jogos.

     Pela Secopa, estão previstos investimentos da ordem de R$ 6 milhões, incluindo parceria com a iniciativa privada. Entre os principais projetos estão o novo estádio da cidade, com a construção da Arena Pantanal nos moldes das exigências da Fifa, implementação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), de acesso rápido entre o Aeroporto Internacional Marechal Rondon e o local das partidas, além da execução das trincheira e pontes. No total, fala-se em mais de 100 obras a serem tocadas pela pasta.

     No Alencastro, Galindo aposta no programa Poeira Zero para pavimentação asfáltica de 26 bairros, com investimentos de R$ 62 milhões. Ele também pretende reformar as áreas de lazer e o estádio Eurico Gaspar Dutra, o Dutrinha. Considerando a promessa dos três gestores e o volume de recursos alocados, Cuiabá deve mesmo se transformar num verdadeiro canteiro de obras.