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sábado, 17 de março de 2012

Processos contra Silval e Riva vão entrar na pauta até o final de abril

Glaucia Colognesi

Rui Ramos     Preocupado com o início dos trabalhos de preparação da Justiça Eleitoral para as eleições de 2012, o presidente do TRE, desembargador Rui Ramos, realizou uma reunião com todos os membros do pleno e solicitou que eles acelerem a análise de todos os processos e a emissão de seus votos em relação às matérias referentes às eleições passadas, de 2010. Na oportunidade, o desembargador ressaltou que é necessário limpar a pauta até o final de abril para que o pleno se dedique apenas aos assuntos pertinentes à disputa que acontecerá neste ano. Para isso, casos polêmicos como o suposto uso indevido da máquina públicada ou estrutura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer) para a reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB) terá que ser julgado o quanto antes. A ação, que está sob a relatoria do corregedor eleitoral, desembargador Gerson Ferreira Paes, pode resultar na cassação do mandato e na realização de eleição suplementar no estado.
     Em mais de um ano de investigação foram ouvidas 15 pessoas. A defesa de Silval chegou até a recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar impedir que fossem juntadas aos autos provas conseguidas pelo Ministério Público, por meio de denúncia anônima.
José Riva     Outro processo que deverá ter o seu desfecho é a suposta compra de votos do presidente da Assembleia, deputado José Riva (PSD), em Campo Verde. Este vai dar trabalho para os juízes eleitorais, pois o caso é tão polêmico que houve até uma operação da polícia federal, denúncia de quebra de segredo de Justiça e acusação de prevaricação por parte do delegado Paulo Vilela pela suposta tentativa de proteger o social-democrata, à época no PP, em troca de favores políticos. Posteriormente, Vilela chegou ao posto de diretor-geral da Polícia Civil, mas acabou afastado em função do episódio.
     Vilela foi acusado de assinar uma portaria avocando para si a responsabilidade de conduzir as investigações e solicitando que documentos e provas contra Riva apreendidos pela polícia, como tickets- combustíveis, listas de pessoas, títulos de eleitor, contas de energia e blocos de recibos, fossem encaminhados para o seu gabinete. O problema é que a apuração de crimes eleitorais é de responsabilidade exclusiva da PF, por isso a postura de Vilela despertou desconfiança.
     Além destes processos polêmicos, os juízes eleitorais devem apreciar a denúncia do MP, com base em inquérito da PF, contra o deputado por Primavera do Leste, Luizinho Magalhães (PSD). Conforme a denúncia, o crime teria ocorrido no comitê de campanha de Rondonópolis, onde cabos eleitorais do parlamentar foram presos. O relator do processo no TRE é o juiz-eleitoral André Luiz de Andrade Pozetti. 
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