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quinta-feira, 8 de março de 2012

Policia MT:Medidas da Secretaria de Educação ameaça confronta de estudantes e Polícia

Agência da Noticia

Alunos de uma escola da Rede Estadual de Ensino, na cidade de Confresa, no Norte Araguaia de Mato Grosso, estão prestes a entrar em confronto com a Policia Militar. Eles decidiram trancar com correntes e cadeados os dois portões da Escola Teotônio Carlos da Cunha Neto, em protesto contra medidas adotadas pela Secretaria Estadual de Educação para fins de economia na administração escolar, classificadas por eles como sendo absurdas. Há mais de 24 horas, eles protestam.
Cerca de 30 alunos dormiram na frente da unidade em tendas e barracas. Na tarde de quarta-feira, 7,  a Justiça encaminhou um documento pedindo para que a Polícia quebre os cadeados mesmo contra a vontade dos alunos, o que deve acontecer ainda pela manhã. A Polícia é esperada no local a qualquer momento para cumprir a decisão.
O clima é tenso. Os estudantes  já disseram que estão dispostos a manter o protesto até que o Governo reveja a decisão que estabelece o redimensionamento da escola e que reduziu o número de alunos e os transferiu vários outros para outras unidades.
Os alunos querem uma conversa com a representante da Secretaria de Educação  que está na cidade. Esse representante, no entanto, por orientação superior, tem evitado o contato e adotando medidas que indicam o confronto.
Ainda na quarta-feira, 7, a Polícia chegou no local  com 8 policiais e três viaturas para abrir a escol. Mas recuaram para  aguardar uma decisão judicial expedida pela comarca de Porto Alegre do Norte. Na chegada da polícia os alunos que estavam no portão da escola cantaram o Hino Nacional.  Muitos foram às lagrimas. Professores e funcionários da escola se emocionaram juntos com estudantes.
“Chega a ser lindo ver um ato como esse, tem tanta bravura desses alunos, as lagrimas que escorem nos nossos rostos são as lagrimas do idealismo que tomam nossos corações com força, vontade e determinação desses alunos ‘’ - disse emocionada uma professora, que preferiu  não se identificar por temer retaliações da Secretaria.
O protesto começou com cerca de 800 alunos. Professores, técnicos escolares e demais funcionários ficaram impedidos de entrar na escola, alguns alunos envolvidos na manifestação dormiram na escola em protesto a decisão tomada na segunda-feira, dia 6,  por técnicos da SEDUC que prevê o remanejamento dos alunos do ensino médio noturno da escola Teotônio Carlos para a Escola 29 de Julho.
“A gente foi pega de supressa com está manifestação dos alunos que estão reivindicando seus diretos” disse a Diretora da Escola, Margarete Nogueira.
 “A Secretaria de Educação do Estado EDUC não está respeitando nossos direitos, eles tomaram todas as decisões sem nos consultar. Nós conversamos com a diretora da Escola 29 de Julho para que ela liberasse os alunos para participar do movimento mas eles não liberaram, fomos ao hotel tentar conversar com os técnicos da Seduc, porém no hotel disseram que eles não estavam mesmo à gente sabendo que eles estavam lá, então se eles não nos querem nos enxergar do bem vão ter que ver dessa forma“ – explicou disse Cristiane Geleski, estudante do 3° ano noturno da escola Teotônio.
Para Cristiane, o redimensionamento está errado uma vez que uma escola com a estrutura física do Teotônio Carlos não pode ficar fechado durante o turno noturno.
Durante o protesto alunos gritavam a uma só voz frase com pedidos de direito, “Queremos nossos diretos”,” Não Abre, Não Abre”.
A proposta definida pelos técnicos da SEDUC faz com que os alunos do ensino médio, sejam remanejados para a escola 29 de Julho, deixando a escola Teotônio Carlos sem aulas no período noturno, que hoje ocupa três salas com cerca de 90 alunos.

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