Partido da República se reunirá na segunda-feira em Cuiabá

 Redação

A Executiva estadual do PR se reunirá na próxima segunda-feira (19) para definir o cronograma de ações e estratégias com vistas às eleições municipais de Cuiabá e Rondonópolis. Além disso, outros assuntos importantes que envolvem a legenda também serão debatidos, como a decisão dos senadores republicanos de romper com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

O líder do PR no Senado e protagonista da polêmica que culminou no rompimento com o governo, Blairo Maggi estará presente no encontro e apresentará aos correligionários um panorama da situação, bem como os motivos que o levaram a defender tal posicionamento.

A decisão foi anunciada na última quarta-feira (14), após Maggi se reunir com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Na ocasião, ele foi avisado que o partido não teria direito a indicar um substituto ao ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos. Embora seja filiado ao PR, o partido não concorda com a permanência do ministro no cargo, pois considera que ele foi desleal ao aceitar o ministério sem ouvir os companheiros. Por isso, desde julho do ano passado, quando Alfredo Nascimento foi destituído do cargo, a legenda luta para garantir o direito de nomear outra pessoa.

Na condição de líder do partido no Senado, Maggi disse que se cansou das ‘idas e vindas’ ao governo federal e anunciou que não iria mais negociar. “Eu comuniquei ao governo que nós nos cansamos. Eu me cansei desse vai e volta. Marca todo dia para depois de amanhã. O governo nos empurra com a barriga o tempo todo. Comuniquei aos senadores que, como líder, eu não quero mais negociar e eles também não querem”, declarou, na ocasião.

Maggi chegou a ser sondado pelo governo para assumir a vaga, mas recusou o convite por entender que haveria conflitos de interesses, já que empresas de sua propriedade que atuam na área da navegação possuem contratos com o governo. Com a desvinculação Fundo da Marinha Mercante do ministério, no entanto, não há mais nenhum impedimento para o parlamentar aceitar o convite.

Depois do anúncio, o senador foi procurado pelo líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), que pediu ao partido para rever a decisão de rompimento. Segundo o deputado federal Wellington Fagundes, Braga cogitou novamente a possibilidade de Maggi assumir o ministério e, desta vez, o senador não descartou a proposta. “Ele [Blairo] disse que aceitaria o convite se pudesse fazer indicações para os demais cargos no Ministério”, afirmou Fagundes.