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sábado, 17 de março de 2012

Advogados devem acionar OAB nacional sobre colegas investigados pelo MPF; imagem da Ordem foi 'manchada'

Da Redação - Julia Munhoz
Após defender o imediato afastamento dos cinco membros da diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – seccional Mato Grosso – investigados pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo possível envolvimento em processos licitatórios supostamente direcionados da Fundação Uniselva, ligada a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o advogado Paulo Taques afirmou que um grupo de advogados deve acionar o presidente nacional Ophir Cavalcante.

Para Taques a OAB nacional deve ser informada sobre a investigação, uma vez que ‘a imagem da Ordem está manchada’ diante do suposto envolvimento dos advogados no possível esquema. “Vamos cobrar um posicionamento forma do presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante”, afirmou o advogado durante entrevista ao Olhar Direto.

Outras postura cobrada por Taques, é quanto ao Conselho Estadual da OAB de Mato Grosso, que, segundo ele, deveria propor e votar o afastamento dos cinco advogados investigados, por se tratar de um caso gravíssimo no ponto de vista jurídico.

O MPF investiga o suposto direcionamento de algumas licitações da Uniselva para escritórios de advogados ligados ao conselheiro Federal Francisco Faiad. Além do ex-presidente da OAB, também são investigados o atual presidente Claudio Stábile, o secretário geral Daniel Teixeira, a secretária adjunta Fabiana Curi e o presidente da Comissão do Jovem Advogado (Cojad) da OAB-MT, Bruno Castro.

Após algumas declarações de Taques, o presidente da seccional mato-grossense, Cláudio Stábile, publicou nota ao que classificou como “ataques pesados” desferidos ao longo da semana contra advogados que, assim como ele e o ex-presidente da seccional Francisco Faiad, participaram das concorrências públicas para prestação de serviços à Fundação Uniselva, ligada à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Desde 2008, as concorrências foram vencidas pelo escritório de Faiad. O Ministério Público Federal (MPF) está investigando os certames, que teriam sido maquiados com a inscrição de escritórios ligados a colegas próximos de Faiad para assegurar-lhe os contratos – o que Faiad nega e atribui a um “jogo político” da oposição dentro da OAB –, que estaria de olho no processo eleitoral deste ano.

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