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terça-feira, 13 de março de 2012

Deucimar ameaça colegas na tentativa de arquivar CPI; plenário esvazia

Gabriela Galvão e Andréa Haddad

Deucimar Silva     Diante da recusa dos vereadores cuiabanos em arquivar a CPI que apura suposto superfaturamento de R$ 1 milhão nos cofres da Casa, o ex-presidente da Câmara de Cuiabá, Deucimar Silva (PP), promete usar a tribuna para fazer uma série de denúncias nesta terça (13). O progressista alega que a assessora jurídica da comissão não pode exercer o trabalho, por ocupar o posto de datilógrafa. A fúria de Deucimar se deve à resistência dos membros da CPI, presidida por Edivá Alves (PSS), em extinguir o procedimento instaurado para investigar o sobrepreço na reforma do telhado, apontado pelo TCE na apreciação dos balancetes da execução orçamentária de 2009.
     A defesa do progressista alega que os membros da CPI não observaram a resolução 155, de 8 de dezembro do último ano, fixa prazo de 60 dias para que os membros apresentem o relatório final e/ou peçam mais prorrogação por 1 mês. Diante da disposição dos colegas em levar os trabalhos adiante, Deucimar disparou que faria uma série de denúncias. Diante disso, o plenário rapidamente foi esvaziado. Apenas o representante do PT na Casa, Lúdio Cabral, permanece à espera do retorno dos colegas, que discutem o assunto por mais de 20 minutos no gabinete da Presidência, ocupado por Júlio Pinheiro (PTB).
     Na última quinta (8), Edivá solicitou a prorrogação dos trabalhos por mais 30 dias, ao que Deucimar reagiu com o argumento de que o pedido desrespeitava o Regimento Interno da Câmara e a Lei Orgânica do município. Segundo o ex-presidente, que comandou a Casa de 2009 a 2010, o tucano perdeu o prazo. “A comissão continuou trabalhando no recesso”, alega o progressista. Enquanto isso, os vereadores debatem a portas fechadas se vão submeter o pedido de Edivá à votação em plenário. As discussões estão acirradas e o desgaste pode sobrar para a servidora da Câmara, que segundo Deucimar estaria assessorando irregularmente a CPI.
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