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sábado, 17 de março de 2012

Deucimar afirma que auditoria o inocenta das acusações

Redação
O vereador Deucimar Silva (PP) tenta se isentar da responsabilidade pelo superfaturamento da obra na Câmara Municipal de Cuiabá alegando não ter conhecimento técnico. No entanto, de acordo com o presidente do Ibape, José Francisco Ortiz, muitos dos problemas apresentados na obra podem ser vistos a “olho nu”, ou seja, “não é necessário ser técnico para perceber que houve falha na execução da reforma”.
Outro ponto é o superfaturamento. Alguns itens estavam com preços exorbitantes, como o assento de plástico do vaso sanitário que custa em média R$ 9,90, mas valeu à Câmara R$ 228. Apesar de considerar as falhas visíveis, o presidente do Ibape evitou responsabilizar o parlamentar e disse que caberá à Justiça avaliar o caso.
“O Ibape analisou a obra e constatou o superfaturamento e as patologias da obra, mas agora é a Justiça quem decidirá qual é a responsabilidade do vereador. Não cabe a mim julgar ninguém”, afirmou.
Em nota, o parlamentar comemorou o resultado das auditorias realizadas no prédio e afirmou que os dados confirmaram sua inocência. A tese defendida pelo vereador é pelo fato do relatório avaliar que a responsabilidade técnica é do engenheiro Carlos Anselmo de Oliveira.
Porém, o progressista ainda será ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara e terá de esclarecer como não percebeu as disparidades nos preços dos itens e as falhas visíveis na obra, como as tomadas que não funcionam e o telhado que sequer teve a cobertura trocada e já apresenta goteiras.
O engenheiro Arquimedes Pereira Lima Neto, um dos que assinam o relatório elaborado após vistoria no prédio, destaca que o documento não faz julgamento de valores e não cabe aos técnicos julgar os envolvidos. “Realizamos o trabalho de avaliação pericial, medimos e constatamos o sobrepreço, mas não fazemos o julgamento. Isto cabe aos órgãos competentes”.

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