RENATA NEVES
Da Reportagem
O vereador Deucimar Silva (PP) ainda não decidiu se assumirá a vaga aberta na Assembleia Legislativa com o afastamento do deputado Airton Português (PSD). O pedido de licença por 121 dias apresentado pelo parlamentar foi aprovado em Plenário durante sessão ordinária desta quarta-feira (28).
Com a saída do titular, Deucimar, que ocupa a segunda suplência da coligação, é o próximo da lista para assumir a vaga. O primeiro- suplente, Luizinho Magalhães (PSD), já está no exercício do mandato no lugar do deputado licenciado e secretário de Estado de Esporte, Antônio Azambuja (PP).
Embora tenha o direito à cadeira na Assembleia, Deucimar pode não tomar posse. Isso porque, para assumir a vaga, ele terá que renunciar ao cargo de vereador. Por outro lado, se não assumir, acaba perdendo o direito à suplência como deputado estadual.
Investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura o superfaturamento nas obras de reforma da Câmara Municipal, Deucimar corre risco de ter o mandato de vereador cassado e a condição de deputado lhe renderia benefícios, como o direito a foro privilegiado. No entanto, o parlamentar ainda não decidiu o que fará.
“Enquanto não for comunicado da decisão, não posso me manifestar. Estou numa ‘sinuca de bico’. Preciso conversar com o partido e avaliar o que será melhor para mim”, declarou o parlamentar.
Diante da possibilidade de perder um dos mandatos, Deucimar deverá pesar todas as prováveis consequências de sua decisão. Principalmente porque Airton Português fez questão de ressaltar que se licenciou do cargo para contemplar o terceiro-suplente da coligação e ex-prefeito de Jaciara, Valdizete Martins Nogueira (PSD), e avisou que “retornará imediatamente à Assembleia”, caso Deucimar assuma a vaga.
“Houve entendimento entre os membros do nosso partido de abrir espaço para os suplentes da legenda, que ajudaram na nossa eleição. O presidente do partido, vice-governador Chico Daltro, e o primeiro-secretário, José Riva, ficaram de conversar com o primeiro-suplente sobre o assunto, mas não sei o que ficou definido. Só fiz a minha parte”, disse o social-democrata.
Deucimar, contudo, alega desconhecer qualquer acordo nesse sentido. “Ninguém conversou comigo sobre isso”.
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