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segunda-feira, 5 de março de 2012

Com imposto abusivos, empresas ameaçam deixar Mato Grosso

Com imposto abusivos, empresas ameaçam deixar Mato Grosso

Mais uma vez Tangará da Serra, no médio Norte de Mato Grosso,  desencadeia uma discussão que na próxima semana deve ganhar forte repercussão política e social em todo Estado. Um decreto do governo pegou empresários, comerciantes e consumidores de surpresa e alguns ameaçam deixar o estado, inclusive empresas tradicionais que atuam no município há vários anos.    

O Decreto 963, de 26 de janeiro de 2012, regulamenta três artigos da Lei Complementar Nº. 460, que dispõe sobre alterações no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que foi aprovada pela Assembleia Legislativa em  26 de dezembro de 2011, um dia após o Natal – período em que os deputados estaduais estavam em recesso parlamentar.

   
O decreto, assinado pelo governador Silval Barbosa, prevê taxações que os empresários classificam como abusivas à empresas do tipo franquia, como é o caso do “O Boticário” – perfumaria tradicional em todo o país. “Se tornou inviável manter uma empresa em Mato Grosso, vender produtos com o mesmo preço dos outros estados e pagar três vezes mais impostos”, disse a franqueada Diene Lopes da Silva.

   
Apoiados pelo vereador Wellington Bezerra (PR), os empresários, através da Associação Comercial e Empresarial de Tangará da Serra (Acits), se reuniram na quinta-feira, 01, a noite, com o deputado Wagner Ramos (PR) para pedir explicações e exigir que ele interceda junto a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) e o governador Silval.

  
O Decreto 963 prevê novas taxações a partir de 1º de abril deste ano a uma serie de produtos considerados supérfluos, como, armas e munições, embarcações de esporte e de recreação, bebidas, cigarro, fumo e seus derivados, joias, cosméticos e perfumes. Parte da arrecadação, 2%, será usada para manter o Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza, uma espécie de “Fome Zero” de Mato Grosso.

   
“Pagamos 14% de ICMS e a previsão a partir de abril é de 35%, um aumento de mais de 90%. (…) somos afetados porque nós franqueados não podemos alterar o valor final do nosso produto”, explica Diene. Um frasco de perfume, por exemplo, que em São Paulo é taxado em 25%, será tributado em 35% em MT, porém, o valor para o consumidor será o mesmo, uma vez que a franquia possui uma tabela universal de preços para o todo o país. “Quem sai no prejuízo somos nós, os franqueados”, falou.

   
Além de “O Boticário”, outras franquias, como, L´acqua de Fiori, Cazo, Água de Cheiro, Contém 1G e Monavie serão prejudicadas.

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