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terça-feira, 6 de março de 2012

Câmara compra tablet e anuncia carro para vereadores

Mesa Diretora do Legislativo diz que aparelhos são "de graça", mas não convence

Secom
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Pinheiro e Penha, no comando da Mesa: mordomia para vereadores com o dinheiro do contribuinte
ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO MIDIA NEWS
Na tentativa de "acalmar os ânimos", o vice-presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Arnaldo Penha (PMDB), apresentou, nesta desta terça (6), um documento supostamente emitido pela empresa de telefone fixo e móvel Oi.

O papel seria a cópia de um contrato que comprovaria a aquisição grátis dos aparelhos tablets. “Fizemos o plano empresarial e ganhamos os aparelhos”, disse Penha. O aparelhos ficaram conhecidos como "kit mordomia".

O parlamentar ainda garantiu que os colegas poderão utilizar somente R$ 150 em ligações e todo excedente será bancado por cada titular da linha. Contudo, o acesso à internet será ilimitado.

Não bastasse toda a polêmica, a Mesa Diretora da Câmara ainda cogita a possibilidade de adquirir carros populares para os vereadores utilizarem durante o expediente.

Nos bastidores, há informação de que as negociações para que sejam adquiridos veículos modelo Uno Mille já estão avançadas.

Mesmo sendo da base de sustentação do prefeito Chico Galindo (PTB), o vereador Éverton Pop (PSD) disse que não aceitará o tablet.

Apesar de se manifestar contrário à iniciativa, o vereador preferiu uma linha mais "suave" e disse que não aceitará o smartphone porque já possui um.

Pop ainda pontuou que não pode discordar da decisão do presidente da Casa, Júlio Pinheiro, por acreditar que a ideia é boa. “Optei por não receber, mas mantenho a postura de que, se houver possibilidades de aproximar o vereador das bases, eu apoio. Mas eu já tenho carro e tablet”, disse Pop.

O fato é que, desde o anúncio de que a Câmara disponibilizaria um tablet para cada um dos 19 vereadores, o tema causou grande repercussão.

Entretanto, apenas três parlamentares anunciaram que não querem o equipamento.

Toninho de Souza (PSD), Hermes da Silva, o Carioca (PDT), e Éverton Pop são, até agora, os únicos a se manifestarem contrários à medida.

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