Pages

domingo, 8 de janeiro de 2012

Várzea Grande:Politica:Se existisse estágio probatório para desembargador…

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso se tornou uma fonte inesgotável de desmoralização. Lá a maior galhofa está sempre por vir. Só do dia 22 de dezembro pra cá, em dezesseis dias apenas, vimos o desembargador Dirceu dos Santos conceder liminar a um prefeito cassado por improbidade, a pedido (ou mando) do deputado estadual José Riva. Fato que foi denunciado na Polícia Federal, conforme você leu aqui – volto nele em outro post.
Vimos também o desembargador Pedro Sakamoto (foto) conceder habeas corpus a 44 assaltantes, acusados de integrar uma quadrilha especializada em roubar clientes na saída de agências bancárias, alegando que os pedidos de prisão foram feitos pela Vara errada. Suzana Guimarães Ribeiro de Araújo era juíza da 6ª Vara Criminal de Cuiabá, e para Sakamoto os pedidos deveriam ter sido feitos pela 15ª Vara Criminal Especializada de Combate ao Crime Organizado.
Pois bem, a mesma juíza que o desembargador considerou incompetente para mandar prender os assaltantes, expediu novamente pedido de prisão dos que foram livres por Sakamoto. Por ironia do destinou, para desmoralizar ainda mais o desembargador, a juíza agora está no lugar do juiz oficial da Criminal Especializada de Combate ao Crime Organizado, que está de férias.
Até ontem o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE), tinha cumprido 17 mandados de prisão – de um total de 44 expedidos pela Justiça.
Os dois desembargadores citados, Dirceu dos Santos e Pedro Sakamoto, entraram no TJ no final do ano passado e cumpriram o primeiro plantão durante as férias forenses. Belo trabalho rapazes, mas se houvesse um estágio probatório, dificilmente conseguiriam se efetivar no cargo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário