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Da Reportagem
Ao contrário de muitas cidades do interior do Estado, onde a prática esportiva é fortemente incentivada e apoiada pelo Município, em Várzea Grande é visível o estado de abandono de grande parte dos ginásios e mini-estádios.
Um local que, em tese, deveria ser conservado e transformado em principal ponto de encontro dos desportistas, o ginásio Fiotão está em situação deplorável, praticamente sem condições de uso.
No entanto, sem outras opções, crianças e seleções amadoras, que por acaso representam o município em jogos estaduais e nacionais, freqüentam o local regularmente para treinar e brincar.
O ginásio, localizado bem ao lado do terminal de ônibus da cidade, já foi palco de muitos jogos e apresentações. Mas hoje está em estado de abandono. Para começar, falta segurança.
As portas são trancadas apenas com um pedaço de barbante, não havendo cadeado algum, e qualquer pessoa pode entrar sem autorização – e as janelas estão com os vidros todos quebrados.
Já no interior do ginásio a situação é ainda pior. O local está imundo, repleto de fezes de pombo. Teias de aranha são vistas por todos os lados, sem falar no forte mau-cheiro principalmente nos vestiários, que inclusive não possuem portas e torneiras.
O professor de educação física, que atua há mais de 30 anos no município e é técnico da seleção local de vôlei, José Luis Conagin, conta que, sempre quando tem algum evento no local, o que é raro, a Prefeitura manda um caminhão pipa para fazer uma limpeza.
No entanto, de acordo com ele, é feita somente uma “maquiagem”. O treinador afirma que há mais de cinco anos o ginásio não tem água potável para oferecer aos atletas.
Cerca de oito seleções de todas as modalidades utilizam o Fiotão regularmente para treinar. O professor diz também que todos os materiais, como rede, bola e uniforme são comprados pela própria equipe, sem auxílio nenhum da Prefeitura.
“Há mais de 10 anos que a prefeitura não oferece nem sequer uma bola para os atletas representarem o município”, reclama. Ele afirma que todos os técnicos e profissionais de educação física que trabalham são voluntários e não recebem qualquer gratificação do município.
Outro centro esportivo que necessita de uma reforma em caráter emergencial é o Estádio de Futebol Basílio da Silva Tavares, no bairro Ipase, onde o mato vai tomando conta de tudo.
A pequena secretaria e os dois vestiários estão totalmente sem condições de uso, pois apresenta um mau-cheiro insuportável. Há vários objetos pelo chão e fezes e preservativos por todo o lugar. As paredes, portas e janelas estão todas depredadas, os sanitários quebrados e o teto parece estar todo mofado.
O professor ressalta que, como não têm estrutura e segurança nenhuma, tanto o Fiotão quanto o mini-estádio costumam ser frequentados à noite por usuários de drogas, que ao encontrar o lugar todo aberto adentram sem receio algum.
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