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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

VÁRZEA GRANDE:Novas operações do IBAMA devem acontecer na região de Juína


Um helicóptero do IBAMA foi fotografado ontem à tarde pelo JNMT sobrevoando a região noroeste do estado. Para empresários do setor madeireiro, isso pode significar novas operações contra o desmatamento e extração ilegal de madeiras. A reportagem procurou o departamento de fiscalização do órgão, porém ninguém concedeu entrevista.

Recentemente fiscais do IBAMA aplicaram 2,6 milhões de reais em multas no decorrer da Operação Custódia Juína V, entre os meses de outubro e novembro nas regiões Três Fronteiras e Guariba, município de Colniza-MT.

Segundo o coordenador da operação, Rodrigo Calazans, do total de multas, 1,4 milhão de reais foi aplicado em desmatamentos ilegais e outros 1,2 milhão em cinco empresas madeireiras – sendo duas autuadas por diferenças no saldo de estoque, duas por estar exercendo as atividades sem licenciamento ambiental e uma por desobedecer a embargo. Três madeireiras foram embargadas e lacradas, sendo ainda apreendidos 2.533 m³ de madeira em toros e 470 m³ de madeira serrada.

A região de Três Fronteiras, no extremo noroeste do Estado de Mato Grosso, faz divisa com os estados de Rondônia e Amazonas. É uma região com grande pressão ambiental, sobretudo relacionada à extração ilegal de madeiras, as quais são extraídas nos estados do Amazonas e de Mato Grosso e transportadas e industrializadas, na sua maioria, em Rondônia.

O IBAMA alerta que as áreas detectadas com desmates ilegais e onde não foram encontrados moradores, continuarão sendo monitoradas, via satélite, pela unidade de Aripuanã.

De forma geral, uma limpeza de área e o uso de fogo em queima controlada são permitidos, desde que se tenha autorização, que é emitida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA).  Hoje, para se iniciar o processo de regularização ambiental em nossa região, o produtor tem a ferramenta do Cadastro Ambiental Rural (CAR), onde não há necessidade de escritura do imóvel, afirma Calazans.

O IBAMA de Aripuanã lembra, ainda, que a principal forma de monitoramento de desmate é através do uso de imagem de satélite e que a tentativa de deixar uma faixa de mata para esconder o desmate não funciona para ludibriar este sistema. A extração seletiva também vem sendo monitorada via satélite, e vários flagrantes de extração ilegal foram registrados em 2011 e autuados pelo IBAMA.

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