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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

POLITICA MT:Vereadores divergem sobre pedido de cassação; Deucimar ganha tempo

Laura Nabuco e Kamila Arruda

Deucimar Silva     O pedido de cassação do vereador Deucimar Silva (PP) sob acusação de improbidade administrativa encaminhado à Câmara de Cuiabá pelo ex-vereador Ralf Leite (PRTB) está causando uma verdadeira confusão.
      Durante a última sessão, o presidente da Casa, Júlio Pinheiro (PTB), afirmou que só não leu o requerimento em plenário como prevê a lei, porque aguardava um parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O vereador Marcus Fabricio (PTB), que preside o grupo, no entanto, garante não ter recebido o documento. "Para mim, sequer é necessária essa avaliação", afirma.
     As divergências, contudo, não param por aí. Enquanto Fabrício acredita que o requerimento só pode ser lido após o Tribunal de Contas do Estado (TCE) publicar no Diário Oficial o resultado do julgamento das contas de 2010 do Legislativo, Antônio Fernandes (PSDB), membro da CCJ, acredita que, mesmo sob o argumento de ser um cadadão cuiabano, Ralf não poderia apresentar o pedido por estar com seus direitos políticos suspensos. "Eu não tenho certeza, mas acho que ele não tem autoridade para isso", pondera.
     Ralf apresentou o pedido sob o argumento de Deucimar ter sido acusado pelo TCE de superfaturar a reforma do telhado da sede da Câmara durante o período em que atuou como presidente da Casa. O rombo chegaria a R$ 1 milhão. Para o ex-vereador, o progressista dveria ser enquadrado da mesma forma que o também ex-presidente Lutero Ponce (PMDB). O peemedebista foi cassado após ser acusado de desviar R$ 6 milhões do erário.
     Enquanto a Mesa Diretora não define o que fazer com o pedido de Ralf, Deucimar ganha tempo. Nesta terça (6) ele entregou cópias do processo do TCE para todos os parlamentares. O progressista tem se defendido das acusações afirmando que as tabelas de valores e as medições da obra foram feitas por um engenheiro da prefeitura, lotado na Agência de Habitação.
     Apesar da confusão, Pinheiro garante que o pedido será apreciado em plenário na próxima quinta (8). Segundo ele, caso seja aprovado, durante a mesma sessão será sorteada a formação de uma comissão processante. A partir daí, o grupo terá 90 dias para decidir o futuro de Deucimar.
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