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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Pedofilia MT:Menina que sumiu em MT é vítima de exploração sexual, diz delegada

Para delegada, mãe de Maiana Vilela se beneficiava com namoro da filha.
Garota desapareceu há nove dias após trocar cheque em banco de Cuiabá.

Pai e namorado de Maiana prestaram depoimento à polícia (Foto: Arquivo pessoal)Para delegada, mãe da adolescente se beneficiou
com relacionamento (Foto: Arquivo pessoal)
A relação precoce que Maiana Vilela, de 16 anos, desaparecida em uma agência bancária de Cuiabá após trocar um cheque de R$ 500, mantinha com o empresário de 38 anos, motivou a delegada que preside as investigações sobre o sumiço da adolescente, Anaíde Barros, a encaminhar denúncia de exploração sexual contra a garota à Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), da capital.
Segundo Barros, a denúncia foi embasada em depoimentos de pessoas próximas à adolescente, entre elas, a mãe. Ainda de acordo com a delegada, a dona de casa, Suely Cícero Mariano se beneficiou do relacionamento da filha, com a reforma da casa, aquisição de aparelhos eletroeletrônicos, tratamento de saúde e até passagens para viagens ao Paraná.
“Nós percebemos o benefício financeiro que ela tinha com o relacionamento da filha. Já encaminhei a denúncia à delegacia e a delegada responsável é que vai decidir se instaura ou não um novo inquérito”, explicou Barros.
Além dela, quem pode ser responsabilizado é o namorado, o empresário do ramo de pré-moldados. O G1 entrou em contato com o empresário, mas até o fechamento da reportagem não obteve resposta das ligações.
Em entrevista ao G1, a mãe de Maiana disse que concordou com a relação da filha, que, segundo ela, após conhecer o empresário, saiu de uma depressão profunda. “Ela era carente, queria estudar, crescer, mas eu não tinha condições de dar isso. Ele apareceu na vida dela e a levou para o médico, dentista e para uma ótima escola. E prometeu fazer tudo por ela”, confirmou.
A dona de casa ainda disse que autorizou a filha a morar na casa da sogra. Segundo ela, no local ela tinha mais companhia. “O pessoal estava sempre do lado dela, a ajudava a estudar e nunca ficava sozinha. Eu nunca tinha tempo de ficar com ela”, apontou.
G1 entrou em contato com a Deddica, que via assessoria de imprensa informou que a prioridade do caso , neste momento, é localizar a garota. Para em uma segunda etapa, verificar as condições em que ela vivia. O órgão de imprensa confirmou ainda o envio dos depoimentos que embasam a denúncia.
Desaparecimento
Segundo a polícia, no dia em que desapareceu, no dia 21 deste mês, Maiana ligou às 08h39 para o celular do empresário, fez almoço, foi ao banco e foi vista pela última vez tomando banho em um rio com amigos. Para tentar localizar a adolescente, a Polícia Civil já requisitou as imagens do circuito interno do banco e a quebra detalhada do sigilo telefônico. Quem tiver pistas do paradeiro da adolescente pode ligar no 197.

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