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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Parlamentares levantam suspeitas e querem criar CPI contra Fazendária.

Gestão de João Virgílio, ex-procurador-geral do Estado no governo Blairo Maggi, foi quem deu aval jurídico às cartas de créditos
Sem alarde e pedindo sigilo dos nomes, três deputados saíram de férias prometendo, no retorno do recesso parlamentar, propor uma CPI para investigar denúncias de que a Delegacia Fazendária teria cometido erros, procedimentos e ações suspeitas nas investigações sobre operações de cartas de créditos, inclusive envolvendo certidões de procuradores do Estado. Um desses parlamentares tem em mãos vários documentos, que ele classifica-os de "Dossiê da Fazendária".
A reação vem após a operação Cartas Marcadas, que resultou na prisão de 6 pessoas, entre elas do concunhado do deputado Gilmar Fabris (PSD), Ocimar de Campos, por ligação com esquema com 290 funcionários da secretaria da Fazenda na prática de fraudes em cartas de crédito emitidas pelo Governo. O rombo supera a R$ 250 milhões. Além das prisões, houve busca e apreensão de documentos, inclusive na casa de Fabris.
Os procedimentos foram feitos pelas pastas da Administração, Fazenda e Procuradoria-Geral do Estado entre 2008 e 2010, no governo Blairo Maggi. A Sefaz, então sob Eder de Moraes, apresentou os cálculos e homologação, enquanto a Administração, que era conduzida por Geraldo de Vitto, a emissão. A PGE, comandada na época por João Virgílio, deu o aval jurídico. Algumas autoridades, como ex-secretários, ainda serão interrogados pelos delegados fazendários.
Segundo os deputados que defendem CPI, as certidões de crédito envolveram também membros do Ministério Público e, pelas informações iniciais, podem colocar sob suspeição todas as ações da Delegacia Fazendária. Eles vêem, inclusive, cunho político e, por isso, defendem investigação. A Comissão, se instituída, terá como epicentro a Fazendária e pode ter seus sustentáculos, com "pente fino" em todas as áreas da segurança pública, inclusive com investigação contra coronéis, secretários-adjuntos e delegados. Comenta-se até em escutas telefônicas ilegais e na obtenção de provas sem respaldo jurídico.
Fonte: Rdnews,Romilson Dourado

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