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sábado, 24 de dezembro de 2011

Estadualização pode não sair por divergências com o Governo


A estadualização do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSM) pode não acontecer. O secretário de Saúde da Capital, Lamartine Godoy, aponta que a condição sugerida pelo Estado para assumir a unidade é que o município continue com a responsabilidade sobre a Farmácia Popular, assuma o Centro Estadual de Referência de Média e Alta Complexidades (Cermac) e mude a contratualização de cinco unidades conveniadas: Hospital Geral Universitário (HGU), Santa Helena, Santa Casa, Júlio Müller e Hospital do Câncer.

Lamartine não concorda com as exigências do Governo e acredita que o acordo não vale a pena. “O município não quer mais serviço. Por causa dessas questões ainda não chegamos a um acordo”, afirma. O secretário garante que o prazo máximo para um entendimento é janeiro.

Uma das principais discórdias está na verba repassada pelo município aos hospitais conveniados. Atualmente apenas os serviços realizados são pagos, caso não atinjam as metas as unidades não têm direito ao repasse. Segundo Lamartine, o Estado quer arcar com a despesa e está se propondo a pagar mesmo quando a média de atendimentos for inferior ao acordado.

Outro motivo que parece ter feito Lamartine mudar de ideia sobre a estadualização foi a visita do coordenador da Câmara Temática de Saúde, vinculada ao Ministério da Saúde, Adriano Massuda. Empolgado com a vinda de Massuda  para tomar conhecimento dos projetos e encaminhamentos feitos até o momento visando a Copa de 2014, o secretário conta que o coordenador elogiou a estrutura do HPSM. “Ele conhece os problemas existentes no Brasil inteiro e fez um comparativo. Aqui a maior dificuldade é a falta de profissionais: anestesistas e ortopedistas”, comemora.

No encontro, o ex-secretário estadual de Saúde e deputado federal Pedro Henry (PP) teria garantido que até meados de 2012 o Hospital das Clínicas deve estar funcionando. Com mais uma unidade de saúde, Lamartine acredita que a quantidade de leitos e o atendimento ao paciente deve ficar normalizado.

Por: Valérya Próspero
Fonte: RDNEWS

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