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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Deputado estadual (PR) Emanuel Pinheiro diz que há deputados fora da Capital que xingam os cuiabanos.

 

Emanuel Pinheiro reclama de discriminação de colegas de outras regiões que "arrancam" votos dos cuiabanos e depois criticam-os.

O deputado Emanuel Pinheiro (PR), que mora na Capital mato-grossense, levantou uma questão polêmica durante sessão ordinária na Assembleia na semana passada. Ele disse que muitos de seus colegas parlamentares transformaram a Baixada Cuiabana, composta de 11 municípios, numa "mãezona" na "caça" de votos em época de campanha. Mesmo sendo bem recebidos, esses mesmos políticos, quando estão em suas bases eleitorais, costumam zombar dos cuiabanos e de seus representantes, chamando-os de preguiçosos, de oportunistas e de paraquedistas e não cumprem promessas de beneficiar Cuiabá com recursos. Pinheiro não citou nomes e, mesmo assim, alguns deputados contestaram-no, da tribuna, como José Riva, de Juara; Ezequiel da Fonseca e Airton Português, da região Oeste, Romoaldo Júnior, do Nortão, e Jota Barreto, da Grande Rondonópolis (Sul).

Segundo Pinheiro, 35% da população do Estado moram na Baixada Cuiabana, região pioneira e centro das decisões políticas e administrativas. Destaca que durante a campanha, candidatos de outros municípios aparecem com muitas promessas e com argumentos de que pretendem trabalhar para contemplar todo Estado e pela integração das regiões. Uma vez eleitos, mudam o foco, pregando a regionalização e passam a argumentar que Cuiabá "já tem tudo". De acordo com o republicano, quando algum político que mora na Capital se desloca para o interior, o tratamento dado por parlamentares dessas regiões não é o mesmo. Para tentar barrá-los, propagam que são aventureiros e que vão para suas cidades para "roubar voto" e sem comprometimento com a população local.

A discussão surgiu porque, assim que soube que Pinheiro estava se articulando pela implantação de um campi da Unemat em Cuiabá, deputados do Sul, com cinco representantes (Percival Muniz, Barreto, Sebastião Rezende, Gilmar Fabris e Ondanir Bortolini, o Nininho), passaram a fazer igual para Rondonópolis contar também com uma unidade da Unemat, cuja sede é em Cáceres. Pinheiro disse que a "República de Rondonópolis" estava certa em se mobilizar e chamou atenção para o fato de Cuiabá ter perdido representantividade na Assembleia. Lembra que somente Rezende, de Rondonópolis, "arrancou" cerca de 10 mil votos dos cuiabanos nas eleições de 2010, assim como Riva, com 6 mil votos na Capital, e Mauro Savi, que é de Sorriso e obteve 7 mil votos na capital e que foram fundamentais para a reeleição.

Na sua avaliação, a Capital, com aproximadamente 1/4 do eleitorado, poderia fazer como em Tangará da Serra, no Médio-Norte, que tem adotado a campanha do voto útil e conseguiu reeleger o deputado Wagner Ramos (PR). Lembra que em 1994, a Baixada Cuiabana contava com 14 das 24 cadeiras no Legislativo mato-grossense e hoje, 16 anos depois, são apenas 5 (Sérgio Ricardo, Carlos Avalone, Walace Guimarães, Luiz Marinho e o próprio Pinheiro - João Malheiros e Guilherme Maluf estão licenciados).

Fonte: Rdnews, Romilson Dourado

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