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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Suplentes disputam cargos e caso vai parar na Justiça

  • Edemir Xavier trocou de partido, mas foi eleito pelo PRTB e é o suplente


  • MidiaNews/Divulgação 

    Edemir Xavier e Macrean dos Santos lutam por uma vaga na Câmara de Cuiabá

    EUZIANY TEODORO
    DA REDAÇÃO

    Mais um capítulo de incoerências na Câmara Municipal de Cuiabá. Na tarde de quarta-feira (9), o até agora vereador pelo PRTB, Macrean dos Santos Silva, foi notificado e teve sua posse anulada. Macrean havia ocupado o cargo no últimodia 28, em substituição a Neviton Fagundes (PTB), que saiu em licença após alegar "motivos pessoais".

    No entanto, a vaga pertence, na verdade, a Edemir Xavier, que foi eleito pelo PRTB, mas, no começo do ano, migrou para o PT do B. De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara, Xavier toma posse já na próxima sexta-feira (11).

    “O PRTB enviou uma carta ao presidente da Câmara, Julio Pinheiro, informando que o suplente seria o Macrean, mas eles não podiam fazer isso. Xavier foi certificado como o primeiro suplente do PRTB pelo próprio TRE, pelo número de votos que conseguiu em 2010”, explicou o advogado de Edemir Xavier, Carlos Eduardo Teixeira.

    E foi assim, com a certidão expedida pelo Tribunal Regional Eleitoral, que o advogado obteve sucesso na substituição de Macrean. “O fato de ele ter mudado de partido não impede que tome posse. Afinal, foi eleito pelo PRTB. Se o partido se sentir prejudicado, pode acionar a Câmara judicialmente. Nós estamos preparados”, garantiu o advogado.

    Há comentários, nos bastidores da Câmara Municipal, de que Neviton poderia abrir mão da licença que pediu para voltar à Câmara, impedindo que Xavier tome posse.

    “O Regimento Interno da própria Câmara o impede de fazer isso. É proibido sair alegando motivos pessoais e voltar antes de pelo menos 30 dias”, explicou Carlos Eduardo Teixeira.

    Caso Neviton insista e volte à Câmara, o advogado já anuncia que vai entrar com um mandato de segurança impedindo que ele faça isso. “Se for preciso, vamos pedir, até mesmo, a abertura de uma CPI para investigar o comportamento do vereador, que pode culminar na cassação dele”, disse.

    MídiaNews tentou entrar em contato com Macrean dos Santos, mas ele não atendeu aos telefonemas.

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