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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Fiscal lamenta falta de vontade política contra a corrupção

Da Redação - Julia Munhoz
O agente fiscal da Secretaria de Fazenda do Rio Grande do Sul, Humberto Carlos Lastorina, que está em Cuiabá para participar do XIV Simpósio Nacional de Auditoria de Obras Públicas (Sinaop), avalia que a adoção de programas anticorrupção nos órgãos públicos de municípios, Estados e União é possível, bastando apenas que haja vontade política para sua implantação.

Lastorina destaca no estudo “Planejamento Anticorrupção em Obras Públicas e a Teoria do Triângulo das Fraudes”, que o combate à corrupção não deve se restringir ao caso concreto, ou seja, quando a fraude já tiver sido consumada. Ao contrário: medidas precisam ser estimuladas para que atos de corrupção não aconteçam na máquina pública.

Autor de um  trabalho técnico sobre o tema, ele defende que a prevenção à corrupção podem e devem se tornar uma prática corriqueira na administração pública. Ele propõe a criação de códigos anticorrupção nos órgãos públicos, aos quais caberá dar a máxima publicidade a essas medidas.

Segundo o fiscal, a proposta prevê também, nesses órgãos, a designação de um responsável graduado que deverá ser encarregado de implementar e acompanhar as atividades do programa anticorrupção. Em paralelo, segundo pensa, checagens aleatórias, esporádicas, deverão ser promovidas com o objetivo de detectar eventuais práticas fraudulentas.

“Desconheço a adoção dessa proposta no Brasil. Não temos informações de que planos como esse foram implantados. De qualquer maneira, é preciso frisar que essa é uma teoria plenamente possível, uma proposta exeqüível. Basta que nossos gestores queiram. Mas sabemos que o ônus político para tanto, muitas vezes, é muito grande”, lamenta Lastorina, sobre o fato de ainda não ter visto a teoria anticorrupção ser posta em prática no país.

Com informações da assessoria.

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