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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

SORRISO MT:POLITICA SORRISO:Taques diz que ação contra Julier era manobra de Henry


  • Senador do PDT também foi citado em reclamação disciplinar proposta por grupo de políticos


  • Agência Senado/MidiaNews 

    Citado em reclamação arquivada pelo CNJ, Taques dispara críticas a Pedro Henry

    RAFAEL COSTA
    DA REDAÇÃO
    O senador Pedro Taques (PDT) disse, nesta sexta-feira (23), que a Reclamação Disciplinar assinada pelo deputado federal licenciado Pedro Henry (PP) e por outras figuras políticas do Estado, reivindicando a saída de Mato Grosso do juiz federal Julier Sebastião da Silval e do procurador da República, Mário Lúcio Avelar, foi "uma manobra" visando a prejudicar sua campanha ao Senado, em 2010.

    O magistrado determinou, a pedido do procurador, a prisão de suspeitos de crimes ambientais em Mato Grosso que envolviam servidores públicos, advogados e políticos.

    Na Operação Jurupari, da Polícia Federal, foram presos o ex-secretário de Estado de Meio Ambiente, Luiz Henrique Daldegan, e Janete Riva, esposa do presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PP).

    Para Taques, foi "coerente" a decisão da Corregedora Nacional de Justiça, Eliana Calmon, de arquivar, por falta de provas, a reclamação disciplinar, impedindo assim a abertura de qualquer procedimento em relação ao magistrado.

    O argumento de Henry era de que a Operação Jurupari, criada para desmantelar crimes ambientais, teria servido para desqualificar políticos e favorecer a candidatura de Taques ao Senado.

    "Foi uma decisão acertada e mostra que os assinantes daquela representação estavam mal intencionados", declarou o senador.

    Taques ainda completou afirmando que a representação simbolizava uma união para prejudicar sua candidatura ao Senado. Ele criticou diretamente o deputado federal licenciado e secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry.

    "Essas pessoas estavam querendo usar aquela operação da PF contra minha eleição. Mas, o CNJ não entendeu dessa forma. Pelo contrário, entendeu que quem assinou [a ação] estava mal intencionado. A essa conclusão também chegou a população de Mato Grosso, que me elegeu ao Senado", disse o líder pedetista.

    O pedido para remover o juiz Julier e o procurador Avelar, no contexto da operação, foi liderado por Henry e apoiado por parte da classe política do Estado.

    Na época, Henry alegava que havia conluio do Ministério Público Federal (MPF) e Justiça Federal para prejudicar a classe política e favorecer a candidatura de Taques, que pregava o discurso de moralidade e criticava parte dos políticos.

    O parlamentar prometeu recorrer, até mesmo, ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alegando que havia atuação política partidária dos órgãos federais para favorecer Taques. 

    O documento ainda foi assinado pelos deputados federais Wellington Fagundes e Homero Pereira, ambos do PR, senador Blairo Maggi (PR), presidente da Assembléia Legislativa, José Riva (PP), deputado federal Carlos Bezerra e  governador Silval Barbosa, ambos do PMDB, além do ex-deputado federal Carlos Abicalil (PT).

    Ataque
    Taques ainda aproveitou o episódio para criticar seu adversário político Pedro Henry, ao elogiar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de mantê-lo como réu no processo do mensalão, esquema de recebimento de propina pelos deputados federais para votar em projetos de interesse do Governo Lula.

    "Pelos autos, se percebe que havia ali uma quadrilha organizada e o Supremo Tribunal Federal agiu corretamente", afirmou.

    Na onda de ataques, também defendeu o fim da participação da Organização Social de Saúde (OSS), na gestão de hospitais regionais de Mato Grosso, conforme decisão da Justiça Federal. A terceirização da saúde é uma das bandeiras de Henry para justificar a tentativa de melhorar o setor.

    "Sempre defendi que a Saúde Pública de qualidade tem que ser patrocinada pelo Estado, e não gerar um caos para promover uma privatização escamoteada. A Justiça Federal de Mato Grosso está de parabéns porque provou que está ao lado da Constituição Federal e ao lado da lei", completou o senador.

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