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domingo, 18 de setembro de 2011

Júlio: elevação de imposto pode bancar demanda da saúde


Júlio: elevação de imposto pode bancar demanda da saúde
O governo federal analisa diversos cenários em busca de fontes de financiamento para cumprir a sua parte na emenda 29, que deve ser aprovada na próxima semana na Câmara Federal definindo percentuais fixos para União, Estados e Municípios aplicarem na saúde pública.

Uma destas fontes de financiamento, avalia o deputado federal Júlio Campos (DEM/MT), estaria no aumento dos impostos no sistema bancário, setor da economia que alcança lucros exorbitantes mas que deve reagir a qualquer tentativa de elevação das taxas impostas pela União.

"Bancos públicos como o Banco do Brasil e instituições privadas como Itaú e Bradesco têm conseguido lucros altíssimos, de mais de 3 bilhões de reais ao ano. É possível estudar uma forma de reduzir um pouco estes lucros e garantir os recursos para a saúde", destaca.

Segundo Júlio Campos, há um acordo para a aprovação da emenda 29 na Câmara dos Deputados. O debate sobre a fonte de financiamentoo do governo seria feito pelo Senado Federal em um segundo momento.

Ex-prefeito e ex-governador do Estado, Júlio Campos destaca que a taxação de produtos como bebidas, cigarros e outros supérflous também está sendo analisada pelo governo para gerar receita extra que financie parte dos recursos necessários para o cumprimento da emenda 29.

O deputado democrata avalia que o Palácio do Planalto também estuda sobretaxar os gastos de brasileiros no exterior. "Os brasileiros esão gastanto muito lá fora porque o Real está supervalorizado frente ao Dólar. Acredito que uma parte desta sobretaxa também possa ajudar o governo a garantir o cumprimento na Lei", projeta.

A presidente Dilma Rousseff já manifestou ser contrária à recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras), extinta em 2007 depois de mobilização de partidos de oposição liderados pelos Democratas.

Nesta semana, porém, o Diário Oficial da União publicou decreto com alterações na cobrança do IOF (Imposto sobre Operações FInanceiras). De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as mudanças têm caráter operacional.

Mas, em julho passado, Mantega anunciou as primeira medidas de elevação de IOF como forma de cobrar uma espécie de pedágio sobre determinadas operações e dificultar a ação de especuladores, que tem apostado cada vez mais na valorização do real e na queda do dólar. O governo parece não enxergar ambiente favorável para cobrar a conta do sistema financeiro, que "nada de braçada" e aumenta seus lucros no país.

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