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Da Reportagem
Mesmo com prisão temporária e afastamento dos cargos dos vereadores acusados de extorsão, o município de Sorriso (420 quilômetros de Cuiabá) está com dificuldades de governabilidade. O episódio de corrupção acirrou uma relação conflituosa entre o Executivo e o Legislativo.
Segundo apurou o Diário, o prefeito Chicão Bedin (PMDB) não se comunica mais diretamente com a Câmara, apenas, esporadicamente, com o envio de alguns secretários para conversar em nome dele.
A dificuldade enfrentada pela administração de um dos municípios mais ricos de Mato Grosso está na instalação de novas empresas. De acordo com uma fonte, somente para a terraplanagem de uma área, a Câmara autorizou prazo de um ano para o trabalho e três anos para o pagamento do terreno, ou seja, após o término do atual mandato.
A falta de diálogo entre os poderes dificulta a inserção de novos empreendimentos, já que limita a possibilidade de incentivos aos empresários.
Bedin evita falar sobre a prisão dos três vereadores e a possibilidade dos mandatos sejam cassados. “Espero que seja feita justiça”, disse, de forma breve, o prefeito peemedebista.
RECONSIDERAÇÃO - O Tribunal de Justiça considerou esta semana a prisão do vereador Chagas Abrantes e sua esposa, Filomena Maria Alves do Nascimento Abrantes (proprietária de uma televisão local), arbitrária e ilegal. O casal foi preso, durante a Operação Decoro deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) acusados de envolvimento no suposto pedido de propina ao prefeito de Sorriso e dois secretários municipais, em troca de favorecimento político na Câmara de Vereadores.
Junto com o casal, também haviam sido presos outros dois vereadores de Sorriso, Gerson Luiz Frâncio (Jaburu) e Roseane Marques de Amorim. Todos acusados, na época, dos crimes de formação de quadrilha e concussão (ato de exigir dinheiro ou vantagem em razão da função) contra o Executivo municipal.
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