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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Pagot acusa Wellington Fagundes de lobby

Em entrevista concedida à Revista Época, o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot (PR) acusou o bicheiro Carlinhos Cachoeira de ter armado uma negociata com o diretor da empreiteira Delta para o Centro-Oeste, Cláudio Abreu para derrubá-lo do comando do Dnit.

À Época, Pagot afirmou que foi ‘surpreendido’ por ter sido afastado através de uma negociata de uma empreiteira com um contraventor. "Isso serviu para que fosse ditado meu afastamento. É um verdadeiro descalabro", disparou.

Ainda durante a entrevista, Pagot revela que o deputado federal Wellington Fagundes (PR-MT) também pressionou o Dnit a ser menos exigente com a Delta – referindo-se ao episodio do asfalto da BR-163, em que se decidiu pelo desmanche dos trechos da Serra de São Vicente-MT que estavam com a camada de concreto fora das especificações.

Na entrevista assinada pelo repórter Murilo Ramos, Pagot ainda acusa outros parlamentares federais de fazer pressão ao Dnit em favor da Delta Construções.

Outro lado

Após o fechamento da edição da revista, o deputado Welligton Fagundes procurou a reportagem e disse não ter feito lobby pela Delta. "Fiz pressão pela celeridade da obra. Fiz pressão pela população de Mato Grosso”, assegurou.

Já a empresa Delta Construções, se manifestou através de uma nota emitida por sua assessoria de imprensa. “Um inquérito do Ministério Público Federal averiguará todas essas questões derivadas da chamada Operação Monte Carlo. O Congresso Nacional deliberou nessa última semana pela instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para também investigar temas correlatos a essas perguntas de ÉPOCA. A Delta Construções falará sobre todos os assuntos nos foros judicial e parlamentar. A empresa repudia, desde já, conclusões parciais e precipitadas oriundas de análises superficiais de informações coletadas. Jamais o ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu falava ou agia em nome da empresa, quando, supostamente, teria dado curso a fofocas que se levantavam em relação ao Dnit ou a qualquer de seus diretores. Caso se revelem verdadeiras as suspeitas em relação à ação de Cláudio Abreu nesse sentido, ele agiu por motivação própria e desconhecida pela empresa à qual devia lealdade”.

Camila Ribeiro – especial para o Circuito Mato Grosso

Foto: Mary Juruna

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