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terça-feira, 17 de abril de 2012

Encontro fortalece o Ciclo de Formação nas escolas de Cuiabá e VG


 Redação
Professores articuladores de 96 escolas estaduais que ofertam o ensino fundamental e os profissionais que atuam nas Salas de Superação, de Cuiabá e Várzea Grande, discutem em dois dias de trabalho, nestas terça e quarta-feira (17 e 18.04), estratégias de atuação para o fortalecimento do processo de aprendizagem por meio do Ciclo de Formação Humana. O ‘Encontro Orientativo’ é uma ação programada dentro da ‘Jornada da Alfabetização’, projeto formatado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT), cujo objetivo é a garantia de que toda criança matriculada esteja sabendo ler e escrever até os oito anos.
“Esse é o momento de fortalecermos vínculos com os profissionais que fazem a ponte com o professor regente”, destaca a secretária-adjunta de Políticas Educacionais, Fátima Resende. Conforme esclarece, os profissionais atuam com estudantes, independente da faixa etária. Eles trabalham os alunos que em algum momento apresentaram dificuldades de aprendizado nas ciências exatas e sociais. “Este evento fortalece o fazer pedagógico, além de socializar experiências positivas e apontar as fragilidades no processo em busca de educação com qualidade social”, pontua a professora Fátima.
De um total de 736 unidades da rede estadual, Mato Grosso oferta o Ensino Fundamental em 450 unidades, prestando atendimento a cerca de 230 mil alunos em 2012. “E nosso grande desafio continua sendo o de garantir a inclusão. Quando tratamos de Ciclo de Formação Humana não discutimos a escola, mas sim o sujeito. É a escola que deve se adequar e não o contrário’, explica o coordenador do Ensino Fundamental da Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT), Daltro Ricardes, sobre as metodologias empregadas pelo Ciclo.
Ele pondera que a figura do professor articulador é vital nesse processo. “Ele é a figura que deve encontrar uma dinâmica diferenciada, construir planos de trabalho para cada aluno que apresentar dificuldades em sala de aula, não ficando restrito a repetir o conteúdo administrado pelo professor regente”.
O Estado possui atualmente um total de 540 professores articuladores e outras 40 Salas de Superação (espaço para adequação da defasagem idade-série). Nele são propostas ações pedagógicas para superar as deficiências apresentadas pelo estudante, assegurando o direito de aprender. “Cabe ao professor fazer desafios para a aprendizagem, executar as dinâmicas adequadas para aquela idade”.
Exemplos
“Os meus alunos leem histórias um para o outro. Quando enfrentam dificuldade para a leitura peço que usem a imaginação, que sejam os personagens das histórias”. O relato da experiência é da professora Meiry Rosana Guedes, que atua como professora articuladora há um ano na Escola Estadual Emanuel Pinheiro (instalada no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande). Ela cita que emprega o conhecimento de cada criança para garantir o aprendizado em sala de aula. Ela relata que um dos estudantes aprendeu matemática com ajuda da contagem dos itens recebidos na cesta básica destinada a família. A criança, de sete anos de idade, possui dificuldade de concentração. “Ele sabe contar, se interessa pelo que é sua realidade. Empreguei o conhecimento para o processo”, completa.
Jornada da Alfabetização
A promoção de atividades para o fortalecimentos das práticas pedagógicas será expandido para outros municípios. Um cronograma elaborado pelo setor prevê a realização, até o mês de julho, de um encontro com o mesmo foco para professores articuladores e da Sala de Superação das unidades do interior do Estado.
Outra medida programada pela Jornada da Alfabetização é a liberação orçamentária de R$ 535 mil para a compra de kits com obras literárias para a distribuição as unidades que ofertam o ensino fundamental. A Secretaria de Educação também possui dotação orçamentária para despesas no valor de R$ 7 milhões para aquisição de materiais pedagógicos.
Está em construção um caderno pedagógico com exemplos de ações práticas que ajudam no fortalecimento da proposta.
“Nós queremos que o aluno termine, com 14 anos, o Ensino fundamental e que tenha pleno domínio das Ciências, da Literatura, que esteja preparado para o mundo”, finaliza o coordenador do Ensino Fundamental da Seduc.

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