Glaucia Colognesi
O cientista político Alfredo da Mota Menezes se surpreendeu com revelação feita pela pesquisa do Instituto Mark, num parceria com o RDNews, em relação às eleições proporcionais deste ano. Acontece que a maioria dos eleitores cuiabanos manifestaram a intenção de votar em candidatos a vereador que já possuem mandato, ao invés de preferir renovar o quadro da Câmara Municipal. "Esse resultado acabou de destruir a minha convicção de que os problemas que ocorreram no Legislativo, desde Ralf Leite e Lutero Ponce até Deucimar Silva, levariam o eleitorado a rejeitar os que lá estão, só que a pesquisa mostra que mais da metade continuará", observou em entrevista ao vivo ao RDTV, TV Web do portal RDNews.
Já o analista João Edson disse que esperava esse resultado e observou que o desgaste recai sempre sobre a instituição Câmara e em cima de alguns vereadores específicos, que se envolveram nos escândalos. Para ele, o desgaste não respinga no restante dos parlamentares. O professor observou que todos os eleitores criticam a Câmara, mas votam sempre nos mesmos vereadores porque, mesmo que os parlamentares tenham atuação pífia. Ele lembra que cada um tem direito a R$ 15 mil de verba indenizatória e, por isso, conseguem ter forte atuação nas bases e prestam o chamado assistencialismo com doação de cestas básicas e patrocínio de festas. "É difícil um vereador se eleger pela primeira vez, mas depois ele sempre retorna ao cargo a não ser que seja muito ruim. Ser ruim é o suficiente para permanecer na Câmara", alfinetou João Edson.
O analista ponderou ainda que na Prefeitura de Cuiabá acontece o contrário, pois as críticas por um serviço público ruim são direcionadas sempre ao prefeito Chico Galindo e nunca ao secretariado. "Por conta disso é que os assessores de Galindo tem grande potencial de se elegerem, o exemplo disso é a popularidade do secretário de Habitação João Emanuel", avaliou João Edson.

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