Cuiabá:Politica:Cuiabá:Governo autoriza empréstimo de mais R$ 45 bilhões para o BNDES

Entre 2009 e início de 2012, aportes do Tesouro somaram R$ 235 bilhões

G1

A Medida Provisória 564, publicada no "Diário Oficial da União" desta quarta-feira (4), que regulamenta parte do pacote de estímulos à indústria do governo, informa que o Tesouro Nacional está autorizado a conceder crédito ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no montante de mais R$ 45 bilhões.

Em 2009, o banco público já havia recebido R$ 100 bilhões do Tesouro Nacional, valor que recuou para R$ 80 bilhões em 2010 e para R$ 55 bilhões em 2011 e início de 2012. O empréstimo de recursos ao BNDES, no três últimos anos, foi viabilizado por meio da emissão de dívida pública por parte do Tesouro Nacional.

(Correção: Quando foi publicada, a reportagem informava, incorretamente, que a concessão de crédito ao BNDES seria de R$ 100 bilhões. A informação foi corrigida às 8h48).

Segundo o BNDEs, os recursos são utilizados para compor o funding do banco, não apenas para os empréstimos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) - que foi estendido até o fim de 2013. O valor total de financiamentos "subvencionados" pela União foi limitado a R$ 227 bilhões.

Previsão de desembolsos em 2012
Nesta terça-feira, o vice-presidente do BNDES, João Carlos Ferraz, informou que a perspectiva da instituição para os desembolsos é de R$ 145 bilhões a R$ 150 bilhões neste ano. Para isso, segundo ele, o aporte adicional de recursos do Tesouro de R$ 45 bilhões seria necessário para fechar a conta dos recursos necessários para fazer frente aos empréstimos (funding).

"Com os retornos [dos empréstimos concedidos], com o FAT constitucional e com as captações locais e no exterior, a soma destes valores é alguma coisa em torno de R$ 100 bilhões. A demanda por recursos é de R$ 145 bilhões a R$ 150 bilhões. Portanto, faltariam recursos", disse Ferraz nesta terça-feira.

O vice-presidente do BNDES informou também que a previsão de desembolsos para este ano não contempla aumento em relação aos últimos dois anos. "Segue a orientação do governo de estabilização dos desembolsos do BNDES. Em 2010, tirando Petrobras, e em 2011, está na ordem de R$ 140 bilhões", declarou ele na ocasião.