Com condições políticas limitadas, está cada vez mais difícil se viabilizar
O barão das comunicações de Mato Grosso, empresário Dorileo Leal, definitivamente não está numa boa fase. Pretenso pré-candidato a prefeito de Cuiabá pelo PMDB, vem assistindo paulatinamente seu sonho morrer mesmo antes de ter nascido.
Com condições políticas limitadas e um rol de inimigos na política, esta cada vez mais e mais complicado se viabilizar politicamente. Primeiro sonhava em repetir a aliança que elegeu Silval Barbosa em 2010 com 16 partidos aliados e viu tudo virar água. Para começar, o PT saiu fora. Vários membros da sigla tinham querelas antigas com Leal, optando pelo projeto próprio com Lúdio Cabral; e depois veio o PR na mesma esteira e lançou o Vuolinho para prefeito.
O PSD, que recebeu a filiação de Toninho de Souza e Valter Rabelo, funcionários de Dorileo, está até o pescoço envolvido na gestão Galindo. Com Carlos Brito como secretário de comunicação,coringa nas articulações da gestão, além de tocar a secretaria de habitação, que é comandada por João Emanuel Moreira Lima, e a de Cultura sob Luiz Poção, dificilmente vão deixar cargos.
Já o PP sinalizou com Guilherme Maluf; e o DEM vai com Roberto França restando, assim, seu próprio partido: o PMDB, no qual enfrenta problemas internos seríssimos e está rachado. Participa também da gestão Galindo, tão criticada por Dorilêo no grupo Gazeta e, além disso, tem grupos internos que não acreditam num projeto próprio do partido.
Na semana passada, o TRE-MT mandou aviso para o empresário tomar cuidado com a campanha extemporânea e o uso político do Grupo Gazeta como instrumento de campanha, principalmente no projeto Viva Seu Bairro que trouxe um show nacional com a banda Calipso, isso quer dizer “estamos de olho!”
Seu inferno astral continuou na semana passada, quando o fantasma do Arcanjo reapareceu. Dorileo vai ser intimado pela Justiça Federal para responder pelo processo que corre na Justiça e apura o envolvimento do barão com a lavagem de dinheiro do bicheiro João Arcanjo Ribeiro, acusado de controlar o crime organizado em Mato Grosso por anos a fio.
Em agosto de 2002, num período de 15 dias, Dorileo Leal recebeu um total de R$ 2,5 milhões das empresas Confiança Factoring, One Factoring e Cuiabá Vip Fomento, todas empresas de propriedade de João Arcanjo Ribeiro. Dinheiro oriundo do crime organizado, que era devidamente investido no grupo Gazeta de Comunicação. Praticamente batom na cueca,como dizem na gíria política.
E como se não bastasse tanta desgraça num mês só, pressionado pela base aliada o seu principal cabo eleitoral, o governador Silval Barbosa, querendo evitar mais confusão para sua cabeça, decidiu só subir no palanque no segundo turno das eleições de Cuiabá. Devemos, evidentemente, considerar a hipótese de não ter segundo turno, ficando então o projeto Dorileo Leal a ver navios.
Amargando o terceiro lugar nas intenções de voto, com apenas 5,9% segundo a pesquisa do Instituto Mark; o czar das mídias tem dificuldades de se viabilizar no seu próprio partido e na construção de uma aliança partidária sem apoio do governo do Estado. Soma-se a isso a dificuldade de usar o Grupo Gazeta para tentar melhorar seu desempenho eleitoral e, para piorar, precisa resolver e explicar a sociedade sobre suas relações não republicanas na Justiça Eleitoral. Enfim, por todas essas conjunturas, Dorileo Leal ficou literalmente no mato sem cachorro.
SUELME E. FERNANDES é mestre em História pela UFMT e Secretário Geral do PSB Cuiabá
Com condições políticas limitadas e um rol de inimigos na política, esta cada vez mais e mais complicado se viabilizar politicamente. Primeiro sonhava em repetir a aliança que elegeu Silval Barbosa em 2010 com 16 partidos aliados e viu tudo virar água. Para começar, o PT saiu fora. Vários membros da sigla tinham querelas antigas com Leal, optando pelo projeto próprio com Lúdio Cabral; e depois veio o PR na mesma esteira e lançou o Vuolinho para prefeito.
O PSD, que recebeu a filiação de Toninho de Souza e Valter Rabelo, funcionários de Dorileo, está até o pescoço envolvido na gestão Galindo. Com Carlos Brito como secretário de comunicação,coringa nas articulações da gestão, além de tocar a secretaria de habitação, que é comandada por João Emanuel Moreira Lima, e a de Cultura sob Luiz Poção, dificilmente vão deixar cargos.
Já o PP sinalizou com Guilherme Maluf; e o DEM vai com Roberto França restando, assim, seu próprio partido: o PMDB, no qual enfrenta problemas internos seríssimos e está rachado. Participa também da gestão Galindo, tão criticada por Dorilêo no grupo Gazeta e, além disso, tem grupos internos que não acreditam num projeto próprio do partido.
Na semana passada, o TRE-MT mandou aviso para o empresário tomar cuidado com a campanha extemporânea e o uso político do Grupo Gazeta como instrumento de campanha, principalmente no projeto Viva Seu Bairro que trouxe um show nacional com a banda Calipso, isso quer dizer “estamos de olho!”
Seu inferno astral continuou na semana passada, quando o fantasma do Arcanjo reapareceu. Dorileo vai ser intimado pela Justiça Federal para responder pelo processo que corre na Justiça e apura o envolvimento do barão com a lavagem de dinheiro do bicheiro João Arcanjo Ribeiro, acusado de controlar o crime organizado em Mato Grosso por anos a fio.
Em agosto de 2002, num período de 15 dias, Dorileo Leal recebeu um total de R$ 2,5 milhões das empresas Confiança Factoring, One Factoring e Cuiabá Vip Fomento, todas empresas de propriedade de João Arcanjo Ribeiro. Dinheiro oriundo do crime organizado, que era devidamente investido no grupo Gazeta de Comunicação. Praticamente batom na cueca,como dizem na gíria política.
E como se não bastasse tanta desgraça num mês só, pressionado pela base aliada o seu principal cabo eleitoral, o governador Silval Barbosa, querendo evitar mais confusão para sua cabeça, decidiu só subir no palanque no segundo turno das eleições de Cuiabá. Devemos, evidentemente, considerar a hipótese de não ter segundo turno, ficando então o projeto Dorileo Leal a ver navios.
Amargando o terceiro lugar nas intenções de voto, com apenas 5,9% segundo a pesquisa do Instituto Mark; o czar das mídias tem dificuldades de se viabilizar no seu próprio partido e na construção de uma aliança partidária sem apoio do governo do Estado. Soma-se a isso a dificuldade de usar o Grupo Gazeta para tentar melhorar seu desempenho eleitoral e, para piorar, precisa resolver e explicar a sociedade sobre suas relações não republicanas na Justiça Eleitoral. Enfim, por todas essas conjunturas, Dorileo Leal ficou literalmente no mato sem cachorro.
SUELME E. FERNANDES é mestre em História pela UFMT e Secretário Geral do PSB Cuiabá


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