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Da Redação
A prefeitura de Várzea Grande analisa e encaminha esta semana para a Câmara Municipal projeto de reforma administrativa solicitado pelo prefeito Tião da Zaeli (PSD). O trabalho foi concluído na semana passada pela Secretaria Municipal de Assuntos Estratégicos.
Segundo o secretário Yênes Magalhães, que coordenou a elaboração dos estudos, a intenção é promover uma fusão entre as secretarias de Finanças e Planejamento, comandadas pelos secretários Anildo Cesário Correa e José Augusto de Moraes, respectivamente.
A secretaria de Infraestrutura continuará existindo e permanecerá responsável pela execução de obras públicas e serviços urbanos, como iluminação, coleta de lixo e manutenção dos cemitérios, entre outros. A Agência de Habitação, por sua vez, será transformada em uma superintendência atrelada à Infraestrutura e terá a missão de executar serviços de desenvolvimento e mobilidade urbana.
A proposta difere do projeto inicial defendido por Yênes, que previa a transformação da Agência de Habitação em Secretaria de Cidades, que, por sua vez, englobaria ainda as secretarias de Infraestrutura, Transportes Urbanos e Desenvolvimento Econômico. Também chegou a ser cogitada a opção de reduzir as atribuições da de Infraestrutura, deixando-a responsável apenas pela execução de obras públicas.
Ao promover a reforma em sua administração, o prefeito Tião da Zaeli pretende reduzir os gastos do município. Em princípio, sua meta era economizar R$ 1 milhão com folha de pagamento, mas ainda não se sabe quanto será a economia gerada com as alterações.
A elaboração de um projeto de reforma administrativa foi a principal missão delegada a Yênes por Zaeli. Atualmente, Várzea Grande conta com 19 secretarias e duas autarquias. A prefeitura arrecada entre R$ 15 milhões e R$ 16 milhões, mas gasta R$ 8,5 milhões somente com pagamento de servidores.
Além disso, possui uma dívida de aproximadamente R$ 9 milhões com o Instituto Nacional do Seguro Social (ver matéria) e uma dívida total superior a R$ 90 milhões. Yênes Magalhães estima que o município não conseguirá economizar tanto quanto gostaria porque está promovendo alterações em seu quadro de servidores, substituindo contratados e estagiários por concursados.
“Temos a pretensão de ‘desinchar’ o quadro de servidores chamando os concursados, mas cada um tem o prazo de 30 dias para assumir, por isso as mudanças não serão imediatas”, disse.
De acordo com ele, a Secretaria Municipal de Saúde é atualmente uma das pastas mais inchadas por conta da extinção da Fundação de Saúde de Várzea Grande (Fusvag), que administrava o pronto-socorro do município. “Com a extinção da Fusvag, tivemos que criar cargos na prefeitura para acomodar os funcionários”, lembrou.
Além disso, Tião da Zaeli anunciou que fará uma reforma salarial para “fazer justiça” com algumas categorias de profissionais, como engenheiros civis, que atualmente recebem salário de R$ 800.
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