Da Redação
A apreensão de US$ 600 mil dólares, uma aeronave e armamentos utilizados pelo tráfico de drogas foi apontado pelo presidente da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, deputado Walter Rabello (PSD) como exemplo da atuação das forças policiais em Mato Grosso, mas ponderou que se não houver uma continuidade neste processo os resultados serão diluídos e de mínimo impacto.
"Estou me referindo a Lei Federal nº 11.343/2006 conhecida como Lei das Drogas, que garante as autoridades a comercialização do fruto das apreensões de bens utilizados no tráfico de drogas para que os recursos sejam destinados ao aparato policial e para a recuperação de drogados. Aqui falta celeridade e determinação. Nos próximos dias vou cobrar o leilão desta aeronave e a destinação dos armamentos para que as forças policiais possam utilizar os mesmos para combater o próprio tráfico, essa é a força inversa que deveria estar funcionando", disse Rabello.
Recentemente o deputado apresentou na Assembleia Legislativa, o resultado de um relatório do Tribunal de Contas da União - TCU que apontou a ineficiência das autoridades públicas que mesmo com uma lei autorizativa, levam em média 14 anos para conseguirem leiloar os bens apreendidos e que sabidamente servem ao tráfico de drogas, de armas e a criminalidade como um todo. "Aqui as coisas estão sem funcionar e é preciso mudar este conceito para que a situação seja revertida em prol das autoridades, da sociedade e do Estado como um todo", explicou o presidente.
Para ele o grande problema do combate ao narcotráfico são os discursos políticos que se repetem a cada governo, mas sem solução e sem resolutividade. "A verdade é que combater o tráfico é sempre uma plataforma política, mas pouca ou quase nenhuma ação efetiva acontece, ou seja, muito blá, blá, blá e pouco resultado. É preciso se expor a situação de milhares de famílias e de dependentes químicos e o malefício que as drogas promovem no seio da sociedade para que as autoridades despertem e foquem seus esforços para que a legislação seja cumprida e o crime combatido", frisou Walter Rabello.
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