Basta de agressão! Movimento feminista, movimento das Lésbicas Gays Bissexual e Transexual (LGBT) e estudantes organizaram a “Marcha das vadias”, pelo fim da violência contra as mulheres na manhã deste sábado (10), na praça do Rádio Clube, no centro de Campo Grande.
“Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente com a roupa que eu escolhi e poder me orgulhar, tendo a certeza que ninguém vai me estuprar!”, essa é uma das frases de efeito que as participantes do movimento usam para sensibilizar o poder judiciário para que possam enxergar a violência que as mulheres vêm sofrendo sem ter punição rigorosa contra os agressores.
De acordo com Valéria Mont’ Serrat, que é responsável pela articulação das mulheres brasileiras, em média 281 ocorrências foram registradas em 2011 em Campo Grande, mas apenas 23 mandados de prisão contra violência doméstica e sexual foram cumpridos. “Queremos efetivar a punição, sensibilizar, chamar a atenção do poder judiciário para que possam entrar em discussão e punir esses agressores”, diz Valéria.

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Foto: Deurico/Capital News
Ainda de acordo com Serrat, que é responsável pela “Marcha das vadias”, o nome se deu pelo fato onde uma universidade de Toronto, no Canadá estudantes foram estupradas e um dos guardas disse a elas, que se não se vestissem como “vagabundas” não teriam sido estupradas. O nome é dado a marcha ironizando essa atitude, por que as mulheres podem se vestir como quiserem, o que tem que mudar são as punições contra esses agressores. “É uma questão cultural tanto é que o termo vadia não está no dicionário, e sim vadio, que significa gente desocupada., diz Valéria.
As estudantes de ciências sociais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) criaram o “Grupo Tereré Feminista”, depois do estupro da acadêmica de química da UFMS, no dia 11 de abril de 2011. Elas estavam na manifestação com cartazes dizendo: Sou livre! Sou mulher! Sou dona do meu Corpo! Sou dona de mim!. “Queremos liberdade, queremos punição”, diz estudante Iasmine Braga.

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Foto: Deurico/Capital News
A marcha tinha a participação de mulheres de todas as idades, homens, mães e filhos, além dos cartazes, tambores e uma banda de mulheres que animavam a “Marcha das vadias”.
“A criança precisa ter o aprendizado e saber que existe violência contra mulheres e crianças, é preciso que eles [crianças] sejam livres desde pequeno”, diz Marta Gomes de Morais.

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Foto: Deurico/Capital News
Integrante do Movimento de Estupro Sexualidade Liberdade Cultural e Ativismo (Mescla), Marta diz que a estatística de lésbicas violentadas é alto, e elas não denunciam com medo do preconceito devido a orientação sexual.
No dia 26 de maio estão organizando a manifestação para que ocorra em todas as capitais do país.

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Foto: Deurico/Capital News
Fonte: Natália Gonçalves - Capital News (www.capitalnews.com.br)
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