Nesta terça-feira (6 de março), o primeiro dia de operações do Projeto Mão Amiga contou com a participação de policiais militares, civis, Guarda Municipal e Corpo de Bombeiros. A equipe saiu da sede do Comando Regional II, em Várzea Grande, e, mesmo debaixo de chuva, percorreu os principais pontos de concentração de moradores de rua.
Já no entorno do terminal André Maggi duas pessoas que perambulavam pelo local foram revistadas e identificadas. Um ônibus da polícia Militar foi utilizado no transporte delas. A equipe também percorreu as imediações da igreja Nossa Senhora do Carmo, local de muita concentração de moradores de rua.
Todos foram encaminhados para um centro de triagem para atendimento individualizado. Muitos sofrem de transtornos mentais e vício em álcool e drogas. Mais do que retirá-los da rua, a preocupação do Projeto Mão Amiga é amparar e dar oportunidade aos recolhidos.
Para população de Várzea Grande, a retirada dessas pessoas das ruas significa também mais tranquilidade, pois muitas praticam pequenos furtos e outros delitos. Carlos Damian é filho de um proprietário de um restaurante localizado no Centro da cidade e diz que já presenciou muitas brigas entre os moradores de rua. Confio no trabalho do projeto e espero que a solução seja definitiva, pois muitas pessoas que ficam pelas ruas possuem família, diz.
Valmir Almeida é taxista e fica em um ponto próximo à igreja Nossa Senhora do Carmo. Ele acompanhou o trabalho dos policiais e também acredita que o projeto dará bons frutos. É preciso que seja dado um encaminhado adequado a essas pessoas para que possam ter a cidadania resgatada, afirma.
O Projeto Mão Amiga nasceu da necessidade de prestar assistência a essas pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social. O comandante do projeto, Major James Ferreira, diz que a expectativa é de que essas abordagens sejam incorporadas ao cotidiano da Polícia Militar. Os moradores de rua estão em situação de extrema vulnerabilidade social e muitas acabam se envolvendo em crimes, por isso precisamos recuperar a cidadania dessas pessoas, explica o major James Ferreira.
Lançamento -
Com apoio do Poder Judiciário de Mato Grosso, por meio do Juizado Especial Cível e Criminal de Várzea Grande, a Polícia Militar lançou o projeto Mão Amiga para garantir tratamento digno às pessoas que vivem em situação de abandono nas ruas da cidade. O lançamento ocorreu na manhã da última sexta-feira (2 de março), no auditório do Juizado Especial, instalado no Centro Universitário de Várzea Grande Univag.
A juíza Amini Haddad Campos, responsável pelo Juizado Cível e Criminal de Várzea Grande, destaca que o projeto lançado pela PM vem ao encontro das políticas públicas existentes dentro do TJMT com foco nos Direitos Humanos. O papel do Poder Judiciário noMão Amiga será garantir que os direitos dos cidadãos sejam cumpridos, por meio de encaminhamentos que atendam individualmente cada necessidade.
Dentro da realidade individual de cada pessoa atendida, o Juizado de Várzea Grande verificará quais as medidas cabíveis para possibilitar um atendimento a contento para que o cidadão não volte ao uso de drogas e situação de abandono. Conforme a magistrada, os encaminhamentos podem ter diversas naturezas, como tratamento médico de desintoxicação, pedidos assistenciais, localização familiar, entre outras demandas.
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