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quarta-feira, 14 de março de 2012

Policia MT:Falhas em assassinato incriminam marido de empresária

Daniel e Maicon, que executaram Ângela (no detalhe, com Damião) com 24 facada, em novembro de 2011

DA REDAÇÃO
Testemunhas e acusação e de defesa dos cinco acusados de participarem do assassinato da empresária Ângela Cristina Peixoto, morta aos 32 anos, com 24 facadas, no dia 15 de novembro de 2011, prestaram depoimento à juíza Ana Cristina Silva Mendes, da Primeira Vara Especializada da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. A audiência de instrução e pronuncia durou cerca de seis horas e foi realizada na terça-feira (13), no Fórum de Cuiabá. 

Foram arroladas ao processo mais de 15 pessoas, testemunhas de acusação e defesa. São acusados de participar do assassinato de Ângela os réus Damião Francisco Rezende, 33, esposo, Maycon José Cardoso, 22, e Daniel Paredes Ferreira, 20. Também foram arrolados ao processo Kleber Azevedo dos Santos, 25, Eduardo Bezerra. Ambos são acusados de auxiliar a quadrilha no assassinato de Ângela. 

Durante a audiência de instrução foi divulgada a participação de mais um integrante da quadrilha, apontado apenas como Marcelo. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), representado pela promotora Lindinalva Dalla Costa, ele foi dos que auxiliaram Damião a arquitetar o assassinato da esposa. 

Durante as oitivas, a promotora Lindinalva buscou demonstrar que Damião imaginava ter cometido ser um crime perfeito, mas, na verdade, o seu plano possuía diversas falhas. 

Rastros de um crime 
O advogado Luciano Augusto Neves, contratado pela família de Ângela e que atua como assistente de acusação, defende a tese de que a empresária foi dopada antes de ser esfaqueada. Essa seria mais uma prova da premeditação de Damião para o assassinato.

Em depoimento ao juízo, familiares da vítima disseram acreditar que Ângela e a filha do casal, uma menor de sete anos, tenham recebido algum medicamento de Damião. A menor revelou para a tia que não se lembrade ter sido trancada no quarto e que acordou ao ver o pai, chorando, em uma sacada. 

A irmã de Ângela, Angélica Maria Peixoto, revelou que viu, no quarto de hóspedes, duas malas que foram encontradas pela Polícia Civil com Maycon e continham 15 quilos de cocaína. 

Duas das testemunhas de acusação, intimadas pelo MPE, que eram colegas de trabalho de Daniel Paredes, na empresa em que ele trabalhava, afirmaram que viram o homem ir até a empresa e entregar dinheiro para Daniel, que tentou “disfarçar” o pagamento do crime encomendado, dizendo que tinha recebido uma dívida antiga. 

A promotora mostrou a foto de Damião e a testemunha disse que “achava” que se tratava da mesma pessoa. O advogado de defesa, buscando defender Damião, pediu que seu cliente fosse levado à sala de audiência. A testemunha não teve mais dúvida e reconheceu Damião como sendo a mesma pessoa que foi vista entregando dinheiro para Daniel. 

A mãe da vítima, a dona de casa Maria do Bom Despacho Peixoto da Silva, contou à juíza que a filha se mostrava abatida, nos dias que antecederam sua execução, mas que ela não lhe disse o motivo. A mãe de Ângela e demais familiares acreditam que Damião tentou ingressar no tráfico de drogas, em busca de dinheiro fácil, que recuperasse o poder aquisitivo do casal. E que ele havia reduzido, de forma considerável, após constantes negócios mal-sucedidos. 

A audiência prossegue no dia 20 com outras testemunhas e o interrogatório dos quatro acusados presos. 

O crime 
Ângela foi assassinada com 24 facadas nas costas, no dia16 de novembro, na casa onde o casal residia, no Jardim Presidente II, em Cuiabá. 

Os criminosos entraram na casa da família, mataram a mulher, roubaram aparelhos eletrônicos e produtos da casa e, depois, saíram numa caminhonete S-10. 

Os executores foram presos menos de 24 horas após o crime, na cidade de Miranda (MS), pela PRF. 

Eles pretendiam ir até a Bolívia, para onde levavam a picape de Damião, para ser trocada por cocaína. 

O combinado era que ele deveria registrar queixa somente dois dias depois, mas policiais da DHPP pediram o bloqueio do veículo, horas após o crime.  

Damião foi preso durante o enterro da mulher, no Cemitério Parque Bom Jesus, em Cuiabá. 

Um mês antes do crime, Daniel e Maycon receberam a quantia de R$ 1,5 mil, que seria parte do pagamento do assassinato da empresária. 

Na quitinete deles, no bairro Grande Terceiro, a Polícia Civil apreendeu cerca de 15 quilos de basta-base de cocaína, que, segundo a Polícia, pertenciam a Damião. 




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