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quarta-feira, 7 de março de 2012

Moradora perde até o cachorro em enxurrada dentro de casa em VG

Juliana Augusta de Macedo, 51, moradora do Bairro Mapim em Várzea GrandeJuliana Augusta de Macedo, 51, moradora do Bairro Mapim em Várzea Grande
A chuva que caiu nesta terça-feira (6) invadiu a casa de Juliana Augusta de Macedo, 51 anos, e levou tudo o que pôde. A moradora do bairro Mapim , Várzea Grande, perdeu sofá, geladeira, colchão, roupas e até o cão de estimação Babe, que foi encontrado morto após a água ter baixado.

Juliana Augusta mora na rua B do bairro há 19 anos e basta aparecer uma nuvem negra no céu para ela já começar a tirar do chão tudo o que pode. Viúva, a moradora divide a casa com a filha de 20 anos. “Se pudesse, me mudava daqui, mas não tenho condições”, lamenta.

A chuva desta quinta-feira ainda quebrou parte da telha da casa que não possui forro. São quatro cômodos apertados em uma estrutura de madeira. A lavadeira conta que não tem condições financeiras de fazer os reparos e pede socorro. “Preciso de ajuda, será que as outras pessoas são melhores que eu? Eu preciso de ajuda”.

Poucos metros antes da casa de dona Juliana, também na rua B, mora o casal de idosos Ursulina da Silva Santana, 63, e Carlos Santana, 69. Neste ano a água ainda não entrou, apenas a apreensão.

“De um tempo pra cá, entra água aqui todo ano. Este ano, graças a Deus, a água ainda não entrou”, diz Ursulina.

O casal sobrevive com a ajuda dos filhos. Carlos Santana já não tem mais força para trabalhar no ofício de pedreiro. Ele conta que há anos está tentando retirar a aposentadoria, mas um entrave jurídico o impede.

Carlos só se registrou quando veio para a capital, já maior de idade. Ele alterou a data de nascimento para tentar entrar no exército, mas foi dispensado. A mudança da idade agora só lhe causa dor de cabeça. A atualização dos documentos o impede de retirar a a aposentadoria. “Faz dois anos que o advogado diz que o processo está com o juiz”, reclama.

O casal também sonha em trocar a região de risco por um local mais seguro. “Quando der, a gente sai daqui, enquanto isso, vamos levando”, resigna-se dona Ursulina.

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  • Fotos: Lucas BólicoFotos: Lucas Bólico

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