Da Redação
Em audiência na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, o secretário de Administração de Mato Grosso, Cézar Zílio, revelou que o Governo não realiza do pagamento das empresas gestoras do MT Saúde há quatro meses. Segundo Zílio, a suspensão do pagamento ocorreu diante da contatação da ineficiência dos serviços prestados pelas empresas “Saúde Samaritano Administradora de Benefícios Ltda" e "Open Saúde Ltda".
A anúncio do débito com as empresas, de cerca de R$ 40 milhões, foi feito diante dos questionamentos de má gestão dos recursos investidos no órgão, responsável pelo plano de saúde de 54.697 servidores, pensionistas e dependentes. “Não tem como haver desvio de recursos porque o pagamento não é feito há quatro meses”, disse o secretário.
Com o repasse as gestoras atrasados, prestadores de serviços, como médico, hospitais, clínicas e laboratórios, também não recebem do plano. Com isso, vários estabelecimentos se recusam a atender os usuários do MT Saúde.
O secretário colocou que o principal problema do plano é de ordem financeira. Ele disse ser inviável manter o plano para mais de 54 mil servidores com orçamento de R$ 9,4 milhões ao mês. “Não se faz saúde para um universo tão grande de pessoas com estes recursos. Do jeito que está vamos empurrando com a barriga”, destacou.
O secretário anunciou que já no início da próxima semana deverá apresentar aos deputados um novo modelo para o MT Saúde. As mudanças ocorreram diante da exigência do Ministério Público Estadual em exigir a troca das gestoras do plano, consideradas suspeitas e inaptas para executarem os serviços. “Não terá mais contrato emergencial. Vamos buscar no mercado uma empresa que possa oferecer o melhor serviço aos servidores públicos”, colocou.
Um das mudanças que podem ocorrer é o aumento do repasse governamental para manutenção do plano. Recentemente, o governador anunciou que destinaria R$ 3,4 milhões mensais para o plano.
Na audiência, o presidente da comissão de Saúde, deputado Guilherme Maluf (PSDB), pediu uma solução emergencial para o plano, com vistas a retomar o atendimento aos usuários que necessitam de tratamento. “Os servidores tem todos os meses o desconto no salário e devem receber o atendimento”, cobrou.
Já os sindicalistas presentes defendem uma participação de uma comissão de servidores na nova gestão do MT Saúde. Alguns sindicatos criaram um fórum com intuito de discutir e cobrar participação no plano. “Nós queremos participar efetivamente da gestão MT Saúde e não sermos apenas peças decorativas no plano”, disse Veneranda Acosta, presidente do sindicatos do servidores do Detran.
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