Lapão/BA – A polícia não descarta a hipótese da filha do vereador da cidade de Lapão, a garotaJúlia Lima Rodrigues de Souza, de 8 anos, ter sido oferecida em sacrifício pela assassina. “Maria de Fátima negou que o homicídio tenha sido uma oferenda ou um ritual de magia negra, mas não descartamos”, disse o delegado Ciro Palmeira, responsável pelo caso na Delegacia de Irecê.
No quintal da casa, lembra Ciro, foram coletadosfios de cabelo de Júlia. “Após denúncias,fomos ao local e identificamos esse material. Lá, sentimos um forte odor e quando chegamos à fossa encontramos o corpo”, diz o delegado.
Ciro lembra que Maria de Fátima ainda tentou desviar o foco das investigações. “Ela acusou um casal de ter cometido o crime, mas verificamos que as pessoas a quem ela se referia eram cristãos que evangelizavam de porta em porta na sexta-feira (02), dia do desaparecimento de Júlia. A dupla apenas passou em frente à casa dela”. Maria de Fátima vai responder por homicídio qualificado (emprego de remédio e abuso de confiança) e ocultação de cadáver. Maria de Fátima dos Santos, de 48 anos, abriu um buraco no quintal de casa onde jogou o corpo de menina.
Os fatos
Na sexta-feira (02) passada, a garota, filha do vereador Getúlio Silva, de 60 anos, já havia combinado o encontro assim que terminassem as aulas na Escola Municipal Antônia Gaspar, cuja diretora, a professora Núvia Carlane Souza, de 41 anos, é a mãe da menina assassinada.
Na sexta-feira (02) passada, a garota, filha do vereador Getúlio Silva, de 60 anos, já havia combinado o encontro assim que terminassem as aulas na Escola Municipal Antônia Gaspar, cuja diretora, a professora Núvia Carlane Souza, de 41 anos, é a mãe da menina assassinada.
Os últimos passos da garota antes de ser assassinada foram lembrados pelo pai. “Minha filha saiu da escola, foi em casa, tirou a farda, colocou um vestido longo – a mãe ainda disse que ela ficava velha com aquela roupa, e foi direto pra casa da Maria de Fátima”, contou Getúlio Silva.
Ele lembra que a única criança convidada para comer o doce foi Júlia. “A filha da Maria de Fátimadisse que o brigadeiro era exclusivamente para a minha pequena. Outra coleguinha chegou na casa, mas a mulher disse que Júlia não estava lá e que a filha dela estava de castigo”, relembra.
Antes de matar a estudante do 5º ano, segundo Getúlio, a mulher retirou a própria filha de dentro de casa. “Ela mandou a menina levar um documento na casa de um irmão. Quando a garota saiu da casa,Maria de Fátima aproveitou que ficou sozinha com Júlia e colocou o plano em prática”.
Recordações da família
Para a família, Júlia era uma menina obediente e que se dava bem com todos. “Quando a gente chamava pra ela entrar, vinha logo. O forte dela mesmo era aquela meiguice, a inteligência. Tinha facilidade enorme de fazer amizades”, recorda o pai.
Para a família, Júlia era uma menina obediente e que se dava bem com todos. “Quando a gente chamava pra ela entrar, vinha logo. O forte dela mesmo era aquela meiguice, a inteligência. Tinha facilidade enorme de fazer amizades”, recorda o pai.
Getúlio destaca que a filha tinha características de líder. “Ela sabia como resolver qualquer dificuldade. Tinha liderança e do jeito dela botava as outras coleguinhas pra não criar nenhum embaraço com a Mariana, que mal tinha amigos. Meu coração tá pesado”.
Confissão
A assassina confessa descreveu como matou a criança. “Eu atraí ela com um brigadeiro com uma dose de remédio. Pus um plástico (na cabeça), amarrei ela e joguei num buraco. Não premeditei. Foi de última hora”, relatou.
A assassina confessa descreveu como matou a criança. “Eu atraí ela com um brigadeiro com uma dose de remédio. Pus um plástico (na cabeça), amarrei ela e joguei num buraco. Não premeditei. Foi de última hora”, relatou.
“Quando pensei em fazer isso com ela, abri o buraco porque lá (no quintal) a terra é muito frouxa e a tampa da fossa fica fora. Cavei um pouco e empurrei a menina dentro”.
“Mandei a minha filha pra casa do irmão dela. Aí, aproveitei para fazer o ato de maldade”, declara. Sem explicar o motivo do crime, ela repete: “Não sei. Foi um impulso, foi um impulso”.
Incêndio
O crime causou revolta na região. Na noite de segunda-feira (05), moradores do povoado de Rodagem incendiaram a casa onde Maria de Fátima morava com uma filha de 9 anos, amiga de Júlia. (Correio 24horas com adaptações)
O crime causou revolta na região. Na noite de segunda-feira (05), moradores do povoado de Rodagem incendiaram a casa onde Maria de Fátima morava com uma filha de 9 anos, amiga de Júlia. (Correio 24horas com adaptações)
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