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sábado, 31 de março de 2012

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A única praia de Parnaíba (346 km de Teresina), a Pedra do Sal, tem 8 quilômetros de extensão, fica a 15 quilômetros e uma curiosa divisão que parecem ser duas praias, uma tranquila, um enseada, onde os pescadores saem e chegam com seus barcos pintados de cores fortes como amarelo, azul e vermelho; e a outra de mar de mar bravio, cujas ondas se batem, revoltadas, contra as rochas, as pedras do sal, e chegam a até 1 metro e 60 de altura.
Esse lado da praia de ondas altas é frequentado pelos surfistas.
O que separa as duas praias tão distintas é um conjunto de rochedos de granito que avança no Oceano Atlântico e vão de encontro contra as ondas. Dessa briga dos rochedos contra o mar saiu o nome de batismo da Pedra do Sal. Quando as ondas avançam suas águas nos rochedos restos de água ficam depositadas nas pedras, que sob a ação do sol viram sal. Os rochedos viram pedra do sal.
Os surfistas gostam da Pedra do Sal. Chegam cedo e fazem manobras.
“Na Pedra do Sal é o único local do litoral piauiense onde as ondas são constante. É o melhor lugar porque Luis Correia não tem o fundo que tem a Pedra do Sal. Em Luis Correia, as ondas são mais deitadas”, afirma o surfista Patrick Alves, de 25 anos e há 11 anos praticando o surf, que participou do circuitos brasileiro, nordestino e piauiense de surf.
“O surf não é apenas um esporte para a gente, é para a vida. O surf mantém a gente na linha”, falou o surfista e fazendeiro Erick Matter, de 23 anos e 12 anos de prática de surf.
Ele afirma que a Pedra do Sal porque a praia e a Praia do Futuro, de Fortaleza (CE), têm as ondas mais altas do Nordeste.
“É muita adrenalina e neste mar é possível fazer todas as manobras porque as ondas são altas e poderosas”, diz Erick Matter.
No lado calmo das águas da Pedra do Sal, os pescadores chegam com pescadas, bagres, camarões de suas viagens ao alto mar.
“Conseguimos pegar bastantes peixes em pesca realizada durante a manhã. Por isso, nós somos pescadores”, afirmou o pescador José Damasceno Costa, que pesca com o pai José Maria de Oliveira Costa.
“O mar mais calmo é bom para os peixes”, falou o pescador Antônio de Jesus Querido das Meninas, enfiando uma palha nas bocas dos peixes que ia levar para casa.
Assim convivem os que precisam da Praia Mansa e da Praia Brava, mais propícia para esportes náuticos, como o surf e o kitesurf.
Na praia existe um farol, construído em 1873 pelo Ministério da Marinha para orientar os navios sobre os riscos de colisão com as pedras que adentram ao mar e reaparecem a uma distancia de mais de 1 quilômetro podendo ser vistas na maré baixa.
A praia possui um conjunto de dunas com lagoas formadas pelas águas das chuvas que ficaram acumuladas.
“Memória” faz tartarugas desovarem no litoral do Piauí
Trinta e seis ninhos de tartarugas foram encontrados no litoral do Piauí e nesta época do ano os ovos começam a eclodir e os filhotes saem dos ovos e dos ninhos enterrados na areia com grande dificuldade e percorrem a praia até encontrar as ondas do mar, que as levam para seu habitat natural.
As tartarugas desovam nas praias onde nasceram. Os pesquisadores acreditam que existiu um estuário onde as tartarugas que hoje põem seus ovos no litoral piauiense nasceram.
“Após de 30 a 40 dias da cópula com o macho, a tartaruga vem depositar seus ovos nas areias da praia que nasceu. Os filhotes que nasceram aqui vão para o alto mar, vão encontrar área de alimentação e vão ficar vagando. São animais viajantes, que ficam migrando de um trecho para outro’’, diz a bióloga Kesley Paiva, do Projeto Tartarugas do Delta.
Ela afirma que para os filhote de tartarugas a caminhada na areia até o mar é um processo muito importante porque estão captando as informações e geneticamente conhecem identificar a praia que nasceram.
Os filhotes acumulam as informações sobre a elevação da areia, as propriedades da praia e outras características do local onde nasceram para efetuarem, mais tarde, depositarem seus ovos.
“Os filhotes armazenam informações sobre as características físicas e químicas da areia e na época reprodutiva, as tartarugas retornam ao local onde nasceram pelas propriedades físicas e químicas da área de desova. Pode se char isso de memória da tartaruga”, afirma Kesley Paiva.
Há cinco anos, biólogos e engenheiros de pesca do Projeto Tartarugas do Delta, mantido pela ONG (Organização Não-Governamental) Ilha Ativa, com patrocínio da Petrobras, têm com o objetivo de conservar as tartarugas marinhas da região da APA (Área de Proteção Ambiental), em especial nos 66 quilômetros do litoral piauiense.
Os biólogos e estudantes universitários acompanham o processo de nascimento dos filhotes, cercam a área com fitas e uma bandeira do Projeto Tartarugas do Delta para a proteção dos ninhos. O projeto tem dez pessoas.
No ano passado, eles conseguiram soltar no mar 2 mil filhotes.
Um ninho de tartaruga tem uma média de 100 a 120 ovos. Em um ninho encontrado na praia da Pedra do Sal, em Parnaíba, dos 120 ovos, apenas 16 filhotes não conseguiram sair sozinhos do buraco.
Para ficar adulta, a tartaruga espera 25 anos e começa a se reproduzir com uma média de 25, quando retornam para a mesma praia de nasceram e vão reiniciar o ciclo reprodutivo.
Eles esperam que os filhotes saiam da areia, os colocam em uma bandeja com areia e os colocam na praia perto das ondas para evitar que sejam devorados por seus predadores como raposas, caranguejos e aves da rapina antes que entrem na água onde também enfrentarão as duras leis da sobrevivência. De um grupo de mil filhotes, um a dois sobrevivem porque os animais marinhos a devoram em busca de proteína.
As pequenas tartarugas deixam as marcas de suas nadadeira quando vão entrar na água e formam uma espécie de fila para o primeiro nado.
Na hora de subirem o ninho, os filhotes sapo solidários. Um fica em cima da carapaça do outro para chegar na superfície da areia. Neste processo, alguns terminam pisoteados e não conseguem chegar até a superfície. Quando são retirados do ninho, esses filhotes aparentam fraqueza e não tem o movimento ágil. Novamente, os biólogos e o universitários do Projeto Tartarugas do Delta os socorrem e os ajudam a chegar até o mar em uma segunda chance de sobrevivência.
A coordenadora do Projeto Tartarugas do Delta, a bióloga Werlane Magalhães, bióloga e com mestrado em Engenharia de Pesca pela Universidade Rural de Pernambuco, afirma que as tartarugas desovam principalmente nas praias do Arrombado, do Coqueiro, em Luís Correia, e na Pedra do Sal, em Parnaíba.
Werlane Magalhães afirma que no Brasil e na costa do Piauí existe o registro de cinco espécies de tartarugas, mas as que são constantes todos os anos no litoral piauiense são as tartaruga de couro, tartaruga de pente e a tartaruga oliva. As duas que aparecem esporadicamente na costa piauiense são a tartaruga verde e a tartaruga cabeçuda.
A tartaruga oliva é a menor das espécies e atinge 76 centímetros de carapaça e a tartaruga de couro é a maior das espécies e pode atingir de 500 a 600 quilos.
As tartarugas podem viver até 150 anos.
No Piauí, a temporada reprodutiva das tartarugas vai de janeiro a julho.
Para se reproduzir, a tartaruga sobe a areia, deposita os ovos e depois volta ao mar.
Os ovos que ficaram na areia passam, em média, de 45 dias a 60 dias para ter o desenvolvimento, que resulta no nascimento dos filhotes.
A tartaruga sobre a areia para depositar seus ovos 30 a 40 dias depois da cópula com o macho.
Depois de deposita seus ovos na areia, a tartaruga passa dois anos recuperando energia para iniciar novo processo reprodutivo.
“A tartaruga gasta muita energia em sua saída para a praia porque ela vai caminhar. Ela tem um desperdício muito grande de energia e passa dois anos de alimentando”, afirmou Werlanne Magalhães.
Os estudantes de Biologia Edlayne de Santana, do Instituto de Ensino Superior do Brasil, Rodrigo Nunes, da Universidade Federal do Piauí, monitoram um ninho de onde foram acompanhados até o mar 117 filhotes de tartaruga pente.
“Os filhotes saem do ninho com 3 a 4 centímetros”, informou Edlayne de Santana.
Usina de Energia Eólica abastece 40% dos 70 mil habitantes de Parnaíba
Os 20 aerogeradores da Usina Éólica. da empresa Tractebel Energia, instalados na praia da Pedra do Sal podem ser vistos a quilômetros de distância e são responsáveis pela produção de 18 megawatts, suficientes para o abastecimento de 70 mil pessoas, 40% da população de Parnaíba.
“Quando mais vento, maior produção de energia”, afirma o diretor administrativo da Tractebel Energia,do grupo GDF Suez, em Parnaíba”, Márcio Leal.
Segundo ele, na Usina Eólica da Pedra do Sal os 20 aerogeradores, que possuem 55 metros de altura, produzem energia, que é transmitida por cabos subterrâneos até a uma subestação instalada no local.
Na subestação tem um gerador que eleva a tensão da energia produzida pelos aerogeradores para de 13,8 mil volts para 69 mil volts, que é de alta tensão. A energia sai da Pedra do Sal e entra em sincronia com energia da Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), em uma extensão de 25 quilômetros e é distribuída pela Eletrobras, a distribuidora de energia do Piauí.
A Usina Eólica da Pedra do Sal de 250 hectares, começou a funcionar em fevereiro de 2009, após investimentos de R$ 105 milhões. .
A Tractebel Energia apresentou projeto junto ao Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) projeto para a instalação de mais 13 aerogeradores de energia eólica também na Pedra do Sal, com investimentos de R$ 150 milhões para a geração de 30 megawatts de energia.
Márcio Leal disse que essa energia seria suficiente para abastecer em 100% Parnaíba e os municípios da região até Piracuruca.
”Com a instalação de mais 13 aerogeradores na extensão da Usina Eólica Pedra do Sal com a intenção de aumentar a nossa produção de energia de 18 para 48 megawattss. Isso significa que podemos abastecer toda Parnaíba e a região até Piracuruca”, falou Márcio Leal.
O ICMBio deu parecer favorável contra a extensão da Usina Eólica de Pedra do Sal alegando que pode atrapalhar a instalação de empreendimentos de turismo.
A Tractebel Energia vai recorrer do parecer do ICMBio, mas se não tiver sucesso vai transferir os investimentos de R$ 150 milhões para o Ceará, onde apresentou dois projetos da mesma natureza, que foram aprovados e estão em fase de instalação.
A velocidade média do vento na Pedra do Sal é de 9 metros por segundo, mas chega a atingir 15 metros por segundos, o que permite a geração máxima da Usina Eólica.
“Para a construção dessa usina não teve emissão de gases, não teve impacto no meio ambiente que seja expressivo porque menos de 5% da área da usina é de área construída. Não houve desmatamento porque é toda área de restinga, não tivemos supressão vegetal para a construção da usina. Fora isso, nós geramos uma energia limpa. Nós acreditamos que seja a energia do futuro”, disse Márcio Leal.
FOTOS: MOISÉS SABA

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