A esposa do suspeito, tia e mãe das meninas, de 28 anos, já foi indiciada pelos mesmos crimes.
A Delegacia Especializada em Apoio e Proteção a Criança e ao Adolescente (Deapca) cumpriu o mandado de prisão contra um lanterneiro de 48 anos, suspeito de sequestrar e abusar sexualmente da sobrinha de 10 anos e abusar da enteada de oito anos. A prisão dele aconteceu em uma oficina mecânica, onde trabalhava, na manhã desta quarta feira (8) na Avenida Tefé, Cachoeirinha, Zona Sul. A esposa do suspeito, tia e mãe das meninas, de 28 anos, já foi indiciada pelos mesmos crimes.
Segundo a delegada titular da Deapca, Linda Gláucia Moraes, a avó da menina de 10 anos compareceu na delegacia em outubro do ano passado para informar o desaparecimento da neta. A menina, segundo ela, sumiu no mês de setembro do município do Careiro Castanho, a 145 km de Manaus. A avó informou à delegada que a menina foi vista pela última vez com o tio.
Investigação
Na época, a equipe de Glaucia foi até a residência do suspeito, no bairro Mauazinho, Zona Sul, mas a menina não foi encontrada. O tio foi notificado para prestar esclarecimentos sobre o desaparecimento da sobrinha, Nos depoimentos, segundo a delegada, ele afirmou desconhecer o paradeiro da menina.
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Tags: preso, estuprador
Em depoimento, a menina disse que era abusada constantemente pelo tio. E, quando a tia não estava em casa, ela era levada para a cama do casal. Mas, segundo a vítima, a tia sabia do que estava acontecendo. "Ela falou que, quando contava para a tia, ela não acreditava. Mas que, quando presenciou o abuso, a moça passou a lhe ofender", disse a polícia. A menina alegou ainda que a enteada do lanterneiro também havia sido estuprada, e que a mãe estava ciente.
Punição
A delegada Linda Glaucia entrou com mandado de busca e apreensão das duas meninas, além da medida protetiva contra o lanterneiro e a companheira. As crianças foram encaminhadas para o abrigo Mamãe Margarida, Zona Leste, onde estão desde o Natal.
De acordo com a delegada, o lanterneiro será indiciado por sequestro qualificado, estupro de vulnerável e cárcere privado. A companheira do homem foi indiciada como coautora dos crimes e ainda por omissão de socorro. "O que me deixou mais indignada é que ele veio aqui na delegacia pelo menos quatro vezes, sempre se mostrando disposto a colaborar com a polícia", afirmou Linda Glaucia.
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