Um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Assistência Social apontou quatro locais, em Cuiabá, como possíveis pontos de uso incidente do crack, as chamadas “cracolândias”.
De acordo com o coordenador de Políticas Sociais Especiais da secretaria, Edilson Proença, uma pesquisa foi feita com 447 moradores de rua para que um perfil social fosse traçado.
As quatro regiões com maiores índices de usuários de drogas são: Porto (na orla, debaixo da ponte e na Praça Major João Bueno); Alvorada (região do terminal Rodoviário de Cuiabá); Centro (Beco do Candeeiro e Centro Histórico de Cuiabá); e os bairros Jardim Leblon e Pedregal, que são considerados uma única região pelo levantamento, também com altos índices de uso de drogas.
De dezembro de 2010 a dezembro de 2011, um questionamento com 32 perguntas foi respondido pelos usuários, sendo que 3% deles se recusaram a conceder a entrevista. Os dados apontam que 84,5% da população de rua são de homens, sendo que a maioria - 80% do total - tem idade entre 18 e 39 anos.
Durante os questionamentos, muitos dos entrevistados estavam dormindo ou sob efeito de drogas e não puderam responder. O levantamento ainda aponta que 75% dos moradores de rua têm alguma dependência química e 73% não são de Cuiabá.
Edilson Proença disse ao MidiaNews que muitos desses moradores são de países vizinhos, como Paraguai, Chile e Peru. Segundo ele, no final e começo dos anos, a demanda de moradores de rua aumenta.
“Essas pessoas vêm em busca de algo melhor, mas acabam morando na rua e, se já não eram viciados em algo, acabam utilizando as drogas aqui”, explicou.
O objetivo do mapeamento é definir políticas públicas para tratamento e inclusão dessas pessoas à sociedade. “São locais que ninguém mais frequenta por causa das drogas. Só ficam os usuários lá. Queremos revitalizar esses locais e entregá-los à sociedade”, disse Edilson Proença.
São considerados parte da população de rua os seguintes casos: pessoas em trânsito, moradores de rua, usuários de drogas, mendigos, pessoas com transtornos mentais, idosos, crianças e adolescentes em situação de risco social e violação de direitos.
Outros pontos de drogas
Em Cuiabá, o total de localidades apontadas como centros de uso de drogas chegam a 28 bairros.
A Secretaria de Assistência Social, por meio do mapeamento, apontou os seguintes locais:
Avenida do CPA (proximidades da Panificadora Los Angeles, McDonalds, Pit Stop e Banco do Brasil)
Praças Ipiranga, Alencastro, Rachid Jaudi
Ponte do Rio Coxipó e proximidades
Rodoviária o Coxipó
Beco do Candieiro
Avenida Miguel Sutil
Morro da Luz
Região da Praça Oito Abril
Região dos shoppings centers (Pantanal, Goiabeiras e Três Américas);
Viaduto da Avenida Fernando Correa da Costa
Rua Treze de Junho
Em frente à Prefeitura e região
Avenida Getúlio Vargas
Avenida Isaac Povoas
Calçadões do Centro
Praça do Porto
Feira do Porto
Viaduto entre a Copagaz e o Posto São Matheus
Ponte do Rio Coxipó
Avenida 15 de Novembro
Proximidades da Smasdh, Rua Régis Bitencourt
Região da Santa Casa e Pronto-Socorro
Região da Rodoviária
Avenida Miguel Sutil, em frente à Todeschini;
Avenida Miguel Sutil, ao lado da Escola Farina;
Praça dos Taxistas
Praças Ipiranga, Alencastro, Rachid Jaudi
Ponte do Rio Coxipó e proximidades
Rodoviária o Coxipó
Beco do Candieiro
Avenida Miguel Sutil
Morro da Luz
Região da Praça Oito Abril
Região dos shoppings centers (Pantanal, Goiabeiras e Três Américas);
Viaduto da Avenida Fernando Correa da Costa
Rua Treze de Junho
Em frente à Prefeitura e região
Avenida Getúlio Vargas
Avenida Isaac Povoas
Calçadões do Centro
Praça do Porto
Feira do Porto
Viaduto entre a Copagaz e o Posto São Matheus
Ponte do Rio Coxipó
Avenida 15 de Novembro
Proximidades da Smasdh, Rua Régis Bitencourt
Região da Santa Casa e Pronto-Socorro
Região da Rodoviária
Avenida Miguel Sutil, em frente à Todeschini;
Avenida Miguel Sutil, ao lado da Escola Farina;
Praça dos Taxistas
Novos leitos
A situação dos usuários de drogas e as atividades da administração municipal podem melhorar. O Ministério da Saúde deverá disponibilizar mais 3.508 novos leitos em enfermarias especializadas para os usuários de crack e outras drogas no país.
A portaria que normatiza as novas vagas, publicada no dia 1º de fevereiro, também eleva o valor do repasse médio enviado para pagamento das diárias nas enfermarias especializadas nos hospitais gerais, e cria um estímulo financeiro para a implantação.
A previsão é que sejam investidos R$ 670 milhões nas melhorias, que fazem parte do programa “Crack, é possível vencer”, lançado em dezembro do ano passado pela presidenta Dilma Rousseff (PT).
Os leitos em enfermarias especializadas devem ser implantados em hospitais gerais que atendem pelo Sistema Único de Saúde.

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