Ao que tudo indica a greve dos médicos do Pronto Socorro de Várzea Grande, deflagrada na última segunda (6), parece ainda estar longe de ter um fim. Os profissionais chegaram a realizar assembléias para suspender o movimento grevista, mas por falta de acordo, optaram pela continuidade do movimento. A categoria teria recebido uma proposta da Prefeitura de Várzea Grande, porém, a mesma não atendia as expectativas dos profissionais. Além disso, as recorrentes queixas a respeito de atrasos salariais foram preponderantes para a manutenção da greve.
Os médicos chegaram a receber na última quarta (8), uma nova parcela da Verba Indenizatória (VI), que estava em atraso desde outubro do ano passado. Contudo ainda segue em aberto, o pagamento das VIs dos meses de novembro e dezembro, os quais a Secretária de Saúde de Várzea Grande informou que serão quitados na próxima semana.
Está marcada para a próxima terça (14) uma nova reunião entre os médicos e a Secretaria de Saúde do município. Na ocasião deverá ser apresentado um levantamento sobre as reclamações relatadas pelos profissionais. Caso essas pendências seja sanadas o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) deverá tentar uma negociação com a prefeitura.
Atendimento
Os atendimentos de urgência e emergência no Pronto Socorro de Várzea Grande estão mantidos em 100%. Segundo a presidente do Sindimed, Elza Queiroz, apesar da greve, não houve nenhuma alteração nas escalas dos médicos plantonistas.
“A rotina de atendimento não sofreu muitas alterações, o problema é que o Pronto Socorro já tem um quadro médico deficitário, de forma que alguns casos tem que ser encaminhados ao PS de Cuiabá – fato que já ocorria mesmo antes da greve”, ressaltou Queiroz.
Com a paralisação dos médicos de Várzea Grande, o secretário de saúde da Capital, Lamartine Godoy, afirmou que o Pronto Socorro de Cuiabá está 100% lotado.
Reivindicações
Além do pagamento das Verbas Indenizatórias atrasadas – que correspondem a 60% dos salários dos médicos-, os profissionais do PS de Várzea Grande reivindicam melhores condições de trabalho, melhores folhas salariais e ainda protestam pela falta de profissionais na unidade e a constante falta de medicamentos.
Outro Lado
O secretário Marcos José afirmou que a Secretaria está buscando a melhor solução possível para resolver a celeuma. “Toda pessoa que presta um serviço tem o direito de receber por ele, não tiramos esse direito, no entanto, estamos buscando soluções para essa situação”, esclareceu o secretário.
Camila Ribeiro – especial para o Circuito Mato Grosso
Foto: Mary Juruna
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