Decisão determina que Prefeitura de Cuiabá instale radares em 30 dias
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LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
A Prefeitura de Cuiabá ainda não foi notificada da decisão da Justiça Estadual para que instale os radares eletrônicos nas ruas e avenidas que apresentarem altos índices de acidentes, bem como nos cruzamentos mais perigosos. As informações são do gabinete da Procuradoria Geral do Município, sob Fernando Biral.Em entrevista à TV Centro América (Globo/4), o procurador afirmou que o município vai cumprir o que foi determinado, mas que não será possível concluir todo o processo licitatório para aquisição dos equipamentos no prazo de 30 dias, como foi estipulado pelo juiz da 2ª Vara Especializada da Fazenda Pública, Márcio Aparecido Guedes.“Dá tempo de iniciar o processo [de implantação dos radares], mas não de concluir. Até porque, respeitando-se os prazos legais que a legislação impõe à administração municipal, não se consegue concluir um processo licitatório em 30 dias. Precisa-se pelo menos de 60 a 90 dias para concluir todo o processo”, explicou Biral.A Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (SMTU) já enviou ao procurador um estudo sobre a instalação dos radares e só aguarda a conclusão da licitação para a instalação dos equipamentos.Apesar do receio de alguns motoristas de que, com a volta dos radares eletrônicos, a “máfia de multas” volte a operar no município, o Ministério Público Estadual (MPE) defende que a fiscalização eletrônica é a única forma de diminuir a violência no trânsito.De acordo com o promotor Ezequiel Borges, a volta dos radares não deverá representar o retorno da indústria de multas no município, uma vez que a administração municipal é quem deverá fazer a gestão do sistema, e não uma empresa privada, como ocorreu anteriormente. Além disso, ele garantiu que aqueles que não concordarem com as punições recebidas terão amplo direito a defesa.Com a redução no número de acidentes – causados por imprudência ou imperícia dos motoristas – espera-se que haja uma redução significativa nos custos hoje despendidos pelo governo na saúde pública para o atendimento de vítimas desse tipo de violência.Após receber a notificação, a Prefeitura terá que “correr contra o tempo” para cumprir a decisão da Justiça, sob pena de multa diária de R$ 5 mil.DecisãoO MPE ingressou com um mandado de execução na Justiça após a administração municipal descumprir o prazo firmado no TAC para implantação dos radares eletrônicos nas principais ruas da cidade, previsto para o dia 30 de novembro de 2011.
Três meses após a celebração do acordo, a Prefeitura encaminhou um pedido de prorrogação do prazo para cumprimento do TAC por mais 180 dias (6 meses), o que não foi aceito pelo promotor Ezequiel Borges, da 6ª Promotoria da Cidadania, que ingressou com um mandado de execução do acordo na Justiça.Acordo quebradoA administração municipal afirmou, no pedido de prorrogação do prazo, que não podia dar início à implantação dos radares enquanto as obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014 não fossem definidas e divulgadas pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa).“Alguns pontos onde foram estipuladas as instalações dos radares pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (SMTU) podem estar dentro de áreas que serão interrompidas para trânsito, por conta das obras. O alinhamento destas ações visa a eficácia dos radares. De nada adianta licitar o serviço, instalar os equipamentos e estes ficarem inoperantes, devido as obras. E ainda pagar por um serviço que não estará sendo utilizado. A Prefeitura não terá esse descompromisso com o cidadão”, argumentou.
No entanto, não apenas a falta de cronograma das obras por parte da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) foi o obstáculo apresentado pelo procurador. A administração alegou também que havia outros projetos sendo levados adiante pelo Município na época, como “Poeira Zero” e “Concessão da Sanecap”.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
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